São Paulo - O varejista Walmart projeta investir mais de R$ 1 bilhão até 2020 na reforma e melhoria da experiência de compra de 120 hipermercados no Brasil. Para este ano, contudo, a previsão é que apenas 10% do total de lojas já esteja pronto e que a aceleração do projeto ocorra a partir de 2018, contou o CEO da companhia, Flávio Cotini.
Segundo o empresário, o plano deve começar a ganhar maior 'tração' a partir do ano que vem. "Fizemos os pilotos e estamos fazendo em mais alguns outros [hipermercados] este ano, mas não será a maior parte. Devemos começar a ganhar uma maior tração no ano que vem", disse a jornalistas durante o Latam Retail Show, evento realizado ontem em São Paulo (29).
O projeto, iniciado este ano, envolve desde melhorias no ambiente da loja, como iluminação, até aspectos da experiência de compra do consumidor e ganhos de eficiência para a varejista. "Estamos investindo na reinvenção do nosso formato de hipermercado. Mais de R$ 1 bilhão vai ser aplicado para melhorar a experiência de compra, para tornar a loja mais acessível, iluminada, e isso com ganho de produtividade e tentando atender melhor aos clientes."
Durante o evento, o presidente do Walmart no Brasil comentou ainda sobre os fechamentos de operações que a companhia vem realizando recentemente. "Nenhum varejista gosta de fechar loja, mas temos que garantir que cada unidade esteja entregando a proposta de valor ao cliente. As vezes para o balão subir, temos que tirar o saco de areia. É isso que estamos fazendo", disse. Questionado sobre a continuidade dos fechamentos ao longo deste ano, o empresário não quis dar maiores detalhes.
No ano passado, o Walmart fechou ao menos 60 operações, dentro do processo de enxugamento da rede no Brasil, e no início deste ano mais cinco encerramentos de lojas foram anunciados. Atualmente, a varejista norte-americana conta com aproximadamente 471 unidades no Brasil.
Primeiro semestre
Sobre o desempenho da companhia durante o primeiro semestre deste ano, Cotini se limitou a dizer que o Walmart enfrentou um cenário desafiador e ressaltou o impacto da queda dos preços, vista ao longo dos últimos meses, no resultado. "Sofremos com a deflação [de commodities] e um ambiente ainda difícil", disse.
Fonte: DCI São Paulo