Os hipermercados do Rio de Janeiro são 4% mais baratos do que os supermercados. Foi o que descobriu a pesquisa da Proteste que foi o tema desta edição do quadro "Olha o bolso!", do Bom Dia Rio nesta quarta-feira (6).
"A diferença não é tão grande, segundo o nosso estudo, mas os supermercados são cerca de 4% mais caros que os hipermercados e essa variação pode pesar no bolso do consumidor de alguma forma”, afirmou a pesquisadora Natália Dias.
O levantamento levou em conta duas cestas, de perfis de consumo diferentes: as de marcas líderes e as de marcas mais baratas. A variação não foi pequena não, entre as redes de supermercados: para a Cesta 1, que tem marcas líderes, até 36%. Para a Cesta 2 a variação foi de até 66%.
O maior preço médio para a cesta 1 foi encontrado na Zona Norte 2 (Grajaú, Tijuca e afins), R$ 556,97. Para a cesta 2, a maior média foi encontrada na Zona Sul 1 (Copacabana, Ipanema e afins), R$ 403,11.
"Locais como a Cadeg e grandes mercados podem sim oferecer melhores produtos por um preço melhor, principalmente porque você pode negociar direto com o lojista", destacou Natália.
Segundo a pesquisa da Proteste, ao final de um ano, o consumidor pode economizar até R$2.176,41, dependendo de seu perfil. O estudo também identificou que existem variações de preços para a aquisição das cesta de produtos líderes de vendas entre mercados da mesma rede e percorreu as Zonas Sul, Norte, Oeste e o Centro.
“O supermercado é o local mais estudado por especialistas de marketing, de propaganda, de análise de mercado, de comportamento humano. Tudo isso para entender como funciona a cabeça do consumidor e fazer com que ele se apaixone por uma caixa de sabão em pó, por uma tangerina e não possa viver sem esses produtos. Então nós, que somos consumidores, também precisamos de estratégias, de armas, de ferramentas, para deslizarmos nesses corredores de desejo e fazermos bons negócios”, explicou Henrique Lian, diretor da Proteste. E para fazer um bom negócio, é importante pesquisar.
O quilo do tomate, por exemplo, teve a maior variação entre os produtos. Foi de até 261%. Valor mínimo partiu de R$ 2,49 e chegou a R$ 8,99, até 3,6 vezes mais.
Vale lembrar que a inflação acumulada nos últimos doze meses - de acordo com o IPCA de julho - foi de 3,25 % no Rio de Janeiro.
“A primeira consideração do consumidor é se ele precisa daquela quantidade de produto e a segunda, e mais importante, é fazer conta. Muitas vezes ela parece econômica, mas não é. Então, é preciso saber quanto custa aquele produto na embalagem normal, dividido pelo número de gramas ou de litros, dependendo da embalagem, e aí fazer a multiplicação para ver se o econômico é econômico ou se é de novo aquele falso imperdível”, garantiu Lian.
Fonte: G1 Rio de Janeiro