São Paulo - A falta de produtos no segmento supermercadista girou em torno de 10,38% no primeiro semestre deste ano, conforme levantamento feito pela Neogrid e Nielsen. Esse número é menor do que a média do mesmo período de 2017, quando chegou a 11,9%.
O estudo também apontou que, nos seis primeiros meses deste ano, os índices variaram entre 9,64%, registrado em maio, e 10,88%, verificado em junho.
Entre os itens que mais faltaram nas gôndolas dos supermercados, o leite longa vida, (com 18,1%), encabeça a lista; seguido do chocolate (11%); margarina (10,8%), pão e congelados (ambos com 10,6%) e feijão (10,1%).
Segundo o vice-presidente de Operações da Neogrid, Robson Munhoz, o percentual é reflexo do reaquecimento do setor supermercadista. “Apesar de ser um ano eleitoral, fatores econômicos mais positivos aumentam a confiança do consumidor. O brasileiro está voltando a comprar em diferentes canais. Ele ainda vai ao atacarejo, mas vemos um barulho muito forte nas lojas de proximidade”, explica o executivo.
Para ele, o consumidor também volta a procurar nas gôndolas por marcas que ele tinha deixado de comprar por conta da crise. “Não é que saímos da crise, mas vemos sinais de recuperação. O brasileiro busca produtos de maior valor agregado e os supermercados demonstram que não estavam preparados para essa nova realidade”, diz.
“O consumidor que comprava determinado produto parou de fazê-lo com a instabilidade econômica e o varejo, por consequência, não o repôs. Quando a economia dá uma aquecida, ele volta a procurar e não encontra. É uma gangorra”, compara o executivo. “Se as pessoas voltarem a ter dúvida sobre os rumos da economia, é provável que migrem para o atacarejo. Podemos ter um índice significativo, dependendo da categoria e do produto”, explica Munhoz.
Fonte: DCI