O Banco Carrefour anunciou a sua entrada no disputado mercado das maquininhas de cartão de crédito. A empresa já tem o modelo de negócio que pretende adotar e que deve ser lançado até o fim do ano. “Não quero brigar com a Cielo, com a PagSeguro ou com a Stone. Quero dar uma solução para o meu cliente”, disse Carlos Mauad, CEO do Banco Carrefour.
A marca que deve ser usada neste negócio é a da rede de atacarejo Atacadão, que tem um grande apelo, sendo voltada, principalmente, para o B2B. Das 673 lojas do Grupo Carrefour no Brasil, 175 lojas são da bandeira Atacadão, a mais lucrativa da companhia. A marca somou R$ 19,9 bilhões em vendas no primeiro semestre de 2019, enquanto as do Carrefour chegaram a R$ 9,6 bilhões.
A ideia do Carrefour é comercializar as maquininhas para os frequentadores das lojas, ou seja, para o seu mercado potencial de 20 milhões de consumidores cadastrados. “Cerca de 60% das vendas do Atacadão são para o pequeno comerciante, o dono de um pequeno restaurante, que tem a barraquinha de cachorro quente”, esclareceu Mauad. Assim, a empresa pode cativar estes clientes.
Não serão cobradas taxas dos usuários que comprarem nos estabelecimentos do grupo. A cobrança será feita apenas em compras realizadas em outros locais.
O executivo também informou que o Banco Carrefour irá comprar uma plataforma de tecnologia para a carteira digital. Assim sendo, a instituição caminha para lançar uma carteira digital Carrefour ainda em 2019.
O objetivo da companhia será lançar uma plataforma para realização de serviços financeiros, como aquisição de empréstimos, pagamento de contas, recargas de bilhetes de transporte e celulares.
O carregamento da carteira digital poderá ser feito por depósito bancário e boleto. Os clientes das bandeiras do grupo terão a opção de vincular seus cartões à carteira. Os usuários das carteiras virtuais poderão pagar com QR Code nos supermercados.
Todas estas iniciativas visam cativar o cliente por meio de uma experiência positiva e vender produtos. “Está no plano ser um banco com uma experiência cada vez mais abrangente para o cliente. Podemos, por exemplo, ter uma conta remunerada para o cliente ter o capital de giro dele”, explicou Mauad.
Fonte: Mercado e Consumo