O Grupo Carrefour anunciou na manhã de ontem a aquisição de até 30 lojas da rede Makro no país. A compra faz parte da estratégia para acelerar a expansão do grupo no segmento do atacado. O negócio está avaliado em R$ 1,95 bilhão. Dos 30 pontos comerciais, 22 são propriedade integral e oito são alugados, além de 14 postos de gasolina, localizados em 17 estados do Brasil.
No começo da semana passada, o grupo francês Carrefour já havia confirmado que mantinha conversas para a compra de ativos da rede atacadista Makro.
Segundo comunicado do Carrefour, as lojas adquiridas apresentaram em 2019 vendas brutas de cerca de R$ 2,8 bilhões e possuem grande complementaridade geográfica com as lojas já existentes do Atacadão, rede do Carrefour que conta com 187 espaços. A transação permitirá ao Atacadão expandir sua presença no Estado do Rio de Janeiro (com sete lojas) e na Região Nordeste (oito espaços).
“O Atacadão pretende converter a bandeira das novas lojas no período de 12 meses após o fechamento da transação. Dessa maneira, nossos clientes poderão se beneficiar dos preços, atratividade e eficiência que oferece o Atacadão, além das soluções e dos serviços financeiros do Grupo Carrefour Brasil”, disse a empresa em nota.
Alta de 60% nas vendas
Segundo a companhia, as vendas devem aumentar em mais de 60% e a estrutura de custos será otimizada, possibilitando o alcance gradual de níveis de rentabilidade similares aos existentes nas lojas atuais.
Alexandre Bompard, Presidente do Conselho de Administração e CEO do Grupo Carrefour, disse, em nota, que a transação “é o movimento mais importante do Grupo Carrefour no Brasil desde a aquisição do Atacadão em 2007”. Segundo ele, o modelo de atacado tem sido um grande contribuinte para o crescimento do Carrefour nos últimos anos no país.
Noël Prioux, CEO do Grupo Carrefour Brasil, lembrou que o negócio vai representar uma aceleração equivalente a um ano e meio de expansão no país. A conclusão da transação está condicionada ao cumprimento de determinadas condições, incluindo o acordo dos proprietários das oito lojas alugadas e a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O fechamento da operação é esperado para o fim de 2020.
Fonte: O Globo