Ela costuma dizer que os supermercados não vendem arquiteturas, mas sim experiências, principalmente nos dias atuais em que os hábitos de consumo dos brasileiros vêm mudando, por conta da crise causada pela pandemia do coronavírus.
Na live da quarta-feira (dia 15), Kátia Bello, diretora da Opus Design Comunicação Estratégica de Varejo, especialista inclusive no setor de supermercados, foi possível entender o quanto é importante a integração entre as lojas físicas e online, para que os clientes, de vários perfis, possam escolher a opção que mais lhe convier naquele momento.
“Neste momento que estamos vivendo, percebemos um cliente em mutação, por isso ninguém sabe ainda como serão os seus hábitos. E é por isso que o PDV precisa estar antenado a esse dinamismo e integrar o seu ambiente físico ao online. Até porque daqui a alguns anos esse conceito de omnichannel (multicanal) será comum, ao ponto do consumidor comprar o que quiser, onde quiser. Afinal, o cliente de hoje não é igual ao de ontem, nem ao de amanhã”, explica a diretora.
E se a atualidade exige mais dinamismo e adaptação por parte do varejo, no caso do setor supermercadista, onde o e-commerce ainda não é tão representativo, ela explica que é preciso gerar mais experiências, além de vender produtos. “Toda vez que o nosso estilo de vida muda, temos novas necessidades. Por isso, muitas vezes a mudança de layout pode impactar no mix, ao ponto de se repensar sortimentos, retirá-los ou incluir novos, por exemplo. Os supermercados precisam encarar esse momento como uma grande oportunidade”, explica.
Nesse aspecto, Bello inclui também a facilitação que é preciso promover nas lojas físicas e consequentemente, na vida dos consumidores, como por exemplo: desobstruir os corredores para deixá-los mais livres, evitar a aglomeração nas filas, utilizar a tecnologia a favor (como displays e painéis de senhas) e promover o distanciamento com as sinalizações, ou até mesmo aproveitar os produtos do pós-merchandising (que complementam as compras essenciais) para criar algumas barreiras de proteção, aproveitando os displays mais baixos e os itens que o supermercado gostaria de vender mais.
“Hoje o consumidor quer entrar e sair rapidamente da loja e é preciso ajudá-lo a fazer isso, diminuindo os pontos de fricção e usando as regras de distanciamento ao seu favor. As lojas são ambientes vivos, que precisam acompanhar o seu tempo”, afirma a diretora.
É claro nessa mesma direção, os equipamentos como barreiras de acrílico nos caixas, a disponibilização de álcool em gel, entre outros itens de segurança ou até mesmo funcionais, como por exemplo, as pias móveis, também precisam ser consideradas diante desse novo cenário. “O importante agora é ficar de olho nas necessidades dos clientes, incorporando cada uma delas, gradualmente, com a consciência de que a integração entre o ambiente online e o offline se tornou uma realidade”, conclui.
Fonte: Super Varejo