Quebras operacionais e os furtos ocupam, há tempos, as primeiras posições nas perdas nos Supermercados. E não foi diferente na 20ª Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermercados, feita pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). As perdas somaram R$ 6,9 bilhões no ano passado, ou 1,82% do faturamento bruto do setor. Quebras operacionais, com 39%, e furtos (17% externos e 7% internos), com 24%, lideram o ranking, à frente de erros de inventário (17%), erros administrativos (12%) e fornecedores (7%).
De acordo com Adriano Sambugaro, diretor de Marketing da Gunnebo, empresa que é referência em soluções de proteção eletrônica no país, para um bom gerenciamento das perdas, é essencial o varejista considerar três pontos: tecnologia, pessoas e gestão. “Não existe uma solução mágica, única ou infalível em prevenção de perdas. Mas a utilização da tecnologia aliada às normas, procedimentos e pessoas qualificadas e motivadas, pode reduzi-las, o que é fundamental para o negócio, especialmente com as margens pequenas com as quais o varejo costuma trabalhar”, afirma.
Alarmes de acesso na liderança
Pela primeira vez nos últimos três anos, o CFTV deixou de ser o equipamento mais utilizado pela área de prevenção de perdas nos Supermercados. Com 86,8% em 2019, ele foi superado pelos alarmes de acesso, que registraram 87,7%, e também pelos coletores de dados para inventários, com 87,2%. “Em um bom gerenciamento das perdas é essencial considerar investimentos em tecnologia”, diz Sambugaro.
Na lista dos top 10 dos equipamentos tecnológicos mais utilizados pelo varejo supermercadista destaque também para a central de monitoramento remoto (64,6%), solução de monitoramento de frente de caixa (61,3%) e cofre inteligente (60,5%). “O checkout é uma das áreas mais sensíveis de uma unidade varejista e merece atenção redobrada. O Gatecash, que atua integrado ao software de automação comercial da companhia e reúne imagens, vídeos e áudios produzidos no PDV, faz a contagem cruzada com o que foi efetivamente registrado, gerando alertas em tempo real no caso de inconformidades, que podem ser causadas por erros de procedimento ou fraudes cometidas por funcionários”, revela o diretor de Marketing da Gunnebo.
Além de combater as fraudes, o Gatecash também pode ser usado como ferramenta de treinamento e gestão de pessoas. Treinamento de colaboradores que, inclusive, é o principal investimento feito por 84,9% das empresas participantes da pesquisa da ABRAS. “O Gatecash permite que avaliações de desempenho dos operadores de caixa sejam produzidas, investindo na qualificação dos profissionais que necessitam de treinamento, além de ser uma ferramenta mais assertiva para a área de Recursos Humanos analisar seus colaboradores”, diz Sambugaro. Definição das metas de perdas e controle do plano de ações (74%) e introdução de processos mais cuidadosos no recrutamento e seleção de funcionários (71,1%) também foram citadas pelas redes como práticas adotadas para prevenir perdas.
Perdas, independentemente do tamanho
A pesquisa ABRAS aponta que o índice de perdas desconhecidas, que tem os furtos como um dos principais vilões, é assustador especialmente nas lojas de vizinhança, somando 63%. Nos Supermercados convencionais as perdas desconhecidas atingem 42%, índice similar ao dos atacarejos. Nos hipermercados elas chegam a 25% e nas lojas de conveniência, 17%. “Para minimizar as perdas, e principalmente manter a lucratividade do negócio, o varejo, que trabalha com margens reduzidas (em torno de 2%), tem à disposição uma série de soluções que auxiliam na proteção de produtos, garantem a segurança da loja, além de facilitarem a gestão e o controle das equipes operacionais e de vendas. Hoje, para manter o negócio saudável, é preciso ter dados e indicadores para medir e controlar”, argumenta Sambugaro.
Fonte: Rede Press