O supermercadista Grupo Mateus protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prospecto preliminar para abertura de capital. A empresa maranhense contratou a corretora XP Investimentos e os bancos Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, BB Investimento, Santander e Safra para a oferta de ações na B3.
O número de ações a ser ofertada ainda não foi definido, mas o Valor apurou, em julho, que a empresa pretendia levantar de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões com a operação. A oferta deverá ser de distribuição primária e secundária. Os acionistas vendedores, no caso da oferta secundária, são Ilson Mateus Rodrigues, Maria Barros Pinheiro, Ilson Mateus Rodrigues Junior e Denilson Pinheiro Rodrigues.
Criado há 34 anos, o grupo é a quarta maior companhia de varejo alimentar do país, segundo pesquisa da ABRAS, associação do setor. A empresa atua em 54 cidades dos Estados de Maranhão, Pará e Piauí, além do atender por entrega no Tocantins, na Bahia e no Ceará, e mantém operações no varejo de Supermercados, atacarejo, móveis e eletrodomésticos.
Ao fim de junho, o Grupo Mateus contava com 137 lojas físicas. A receita líquida do primeiro semestre de 2020 foi 27% superior à do mesmo período de 2019, chegando a R$ 5,1 bilhões. Com isso, o lucro bruto saltou 29%, para R$ 1,3 bilhão, com margem de 25%. Já o lucro líquido antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 62%, para R$ 478,26 milhões, com margem crescendo 2 pontos percentuais para 9,3%. O resultado líquido foi lucro de R$ 297,2 milhões, 78% a mais do que um ano antes.
A empresa não definiu ainda em seu prospecto a destinação dos recursos da oferta, mas sinalizou que parte deles poderá ser destinada à amortização ou liquidação de dívidas.
Fonte: Valor Econômico