Como consequência do Pacto pela Sustentabilidade, liderado pelo grupo Walmart Brasil em 2009, a rede começa a implantar nas unidades gaúchas o programa Qualidade Selecionada, Origem Garantida. No ano passado, a companhia firmou compromisso com frigoríficos para fornecimento e comercialização de carne não advinda de locais desmatados ou onde houvesse trabalho escravo e que respeitassem critérios sócioambientais. Baseados nesse preceito, o projeto que entra em atividade dispõe aos consumidores a possibilidade de rastreabilidade da cadeia produtiva de itens de agricultura.
Através do site www.rastreabilidadeonline.com.br todo esse processo, desde a saída dos animais das propriedades até sua passagem por frigoríficos e chegada às lojas, pode ser acompanhado pelos clientes na internet. Ainda em fase-piloto, a primeira etapa engloba o rastreamento de seis cortes para churrasco da marca própria do Walmart Novilho Campeiro. Alguns artigos hortifrutigranjeiros, como bananas orgânicas, ovos de frango caipira e folhosas, também estarão disponíveis no sistema.
Questões como identificação da fazenda de origem e seu proprietário, além de dados do frigorífico, já podem ser acessadas por clientes que adquirirem os itens nas lojas Nacional Lucas de Oliveira, Nacional Bela Vista, Nacional Plínio e Nacional Iguatemi, todas em Porto Alegre. Para isso, os produtos em adequação com o sistema portam um selo com um código especial, que deve ser informado no site para liberar as informações. O gerente comercial do Walmart Brasil para o Rio Grande do Sul, José Noeli, explica que durante a fase de testes a rastreabilidade ficará restrita às lojas citadas, mas já projeta expansão. “Até meados de 2011 todas as lojas da Capital devem contar com a rastreabilidade”, revela. Também é prevista a abrangência nacional do sistema, sem data de implantação.
A iniciativa está sendo possível graças a uma parceria entre a rede varejista, o grupo Marfrig e a desenvolvedora de softwares CheckPlant, sediada em Pelotas. Ainda que seja uma estratégia inovadora, Noeli aponta que as tendências do setor rumam a ações do gênero. Segundo ele, cada vez mais os consumidores se informam sobre a procedência dos artigos que adquirem, principalmente no que diz respeito ao impacto ambiental. “O consumidor está mais inteligente nesse sentido, seja por curiosidade ou hábitos de consumo”, diz.
Veículo: Jornal do Comércio - RS