Especialista defende conscientização para consolidar processo sustentável
O pesquisador especializado em planejamento energético do Ital, Guilherme de Castilho Queiroz, explica que enquanto o consumidor não entender que é parte fundamental no processo sustentável,as coisas não vão mudar.
“Muito se fala em sustentabilidade,em produtos orgânicos,mas as pessoas não fazem nada para mudar. Separam reciclagem,mas não compram produtos ecologicamente corretos.Não há tecnologia que substitua a educação. Por outro lado, um produto considerado correto ambientalmente não deve ser mais caro. O governo precisa mudar isso para que todos queiram comprar.”
De acordo com o Instituto Biodinâmico (IBC) — certificador brasileiro reconhecido
internacionalmente — a produção orgânica no Brasil cresce anualmente cerca de 30%
ao ano e ocupa uma área de 6,5 milhões de hectares de terras,deixando o Brasil como o segundo país dentre os maiores produtores mundiais de orgânicos. Isso se dá, principalmente, ao extrativismo sustentável de castanha, açaí, pupunha, látex, frutas e outras espécies das matas tropicais, principalmente da Amazônia.
Cerca de 75% da produção nacional de orgânicos é exportada, principalmente para a Europa, Estados Unidos e Japão, sendo os líderes a soja, o café e o açúcar. Já no Brasil, os produtos mais comuns são as hortaliças, café, açúcar, sucos,mel, geleias, feijão, cereais,laticínios, doces,chás e ervas medicinais.
Veículo: Correio Popular - SP