A onda de cidades que estão banindo as sacolas plásticas de supermercados tem tirado o sono da terceira geração da indústria petroquímica, os transformadores de plásticos. Esta lei, que já está valendo em capitais como Belo Horizonte (MG) e começará a vigorar em São Paulo a partir de janeiro próximo derrubará a produção dessas empresas. A expectativa se dá pelo volume de unidades consumidas na maior cidade do País, que está na casa de bilhões de sacolas todos os anos. No Brasil, são 14 bilhões de unidades, segundo a entidade que representa este segmento da economia, a Plastivida. Das empresas ouvidas pelo DCI, a perspectiva média de queda é de 38,3%, sendo que há estimativas de recuo de até 60%. Já para a Braskem, maior produtora de resinas das Américas, a redução das vendas de polietileno para essa finalidade deve ficar em cerca de 3%, nível que a companhia deve realocar em outros mercados.
O problema que a empresa petroquímica, controlada pela Odebrecht e Petrobras, teve em Alagoas não parece ter um final previsto. De acordo com o diretor de Relações Institucionais da companhia, Marcelo Lyra, ainda não há estimativa de prazo para que as operações da unidade de cloro e soda, em Maceió, voltem ao normal porque a unidade passará por investigação que apontará as causas dos dois acidentes.
Ele afirmou que a produção de PVC, na unidade Marechal Deodoro (AL) continua. Para isso, a empresa utilizará seu estoque de dicloroetano, matéria prima da resina que é produzida na unidade acidentada e na Bahia. Dessa forma, disse ele, o abastecimento do mercado está garantido.
Veículo: DCI