Pilhas piratas duram menos e põem a saúde em risco

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O Inmetro resolveu avaliar a qualidade das pilhas das 15 marcas mais procuradas do mercado em sete estados brasileiros. A reportagem foi exibida no Fantástico (Rede Globo) no dia 5 de fevereiro. Assista a reportagem completa. Clique aqui.

 

Dona Encrenca decidiu começar o ano de olho nas oportunidades. E quando pintou uma vaga de recreadora infantil, ela não pensou duas vezes.

No recreio, Maria mostra para as crianças uma guitarra e um trem, que faz barulho, anda. Haja pilha para tanto brinquedo. Não é a toa que pelo menos 800 milhões de pilhas são vendidas todo ano no Brasil.

Por isso, o Inmetro resolveu avaliar a qualidade das pilhas das 15 marcas mais procuradas do mercado em sete estados brasileiros.

Quatro são marcas de pilhas do tipo comum, ideal pra equipamentos que usam pouca energia, como relógios, controles remotos e brinquedos que têm luzinhas, por exemplo.

Pilhaum  
São 11 marcas de pilhas alcalinas, recomendadas para descargas de energia rápidas e intensas, como em máquinas fotográficas, lanternas e brinquedos que se movem, como carrinhos.  
   
Pilhadois  
O Inmetro também recebeu amostras de quatro marcas de pilhas baratinhas e irregulares, cedidas pelo fórum contra a pirataria e ilegalidade - as mais vendidas nos camelôs por aí.  
   
Pilhastres  
No teste que avalia a intensidade de energia das pilhas, nenhuma marca foi reprovada. Primeiro teste: durabilidade. Cada tipo de pilha tem um tempo mínimo de duração estipulado pelas normas técnicas do produto.
 
   

Em geral, uma pilha pequena alcalina nova tem que durar no mínimo 11 horas. Já a pilha comum, do mesmo tamanho, não pode durar menos do que quatro horas.

No quesito durabilidade, foram reprovadas as marcas Goal, Livcat, MD Midi e Sound Sonic, todas irregulares no Brasil.

E o pior, as pilhas Livcat e Sound Sonic duraram metade do tempo mínimo obrigatório.

“O consumidor, ao usar uma pilha pirata, ele vai trocar a pilha com mais frequência. Ou seja: o barato sai caro”, afirma Alfredo Lobo – diretor de Qualidade do Inmetro.

Segundo o Inmetro, o barato sai caro. O consumidor ao usar uma pilha pirata ele vai estar trocando a pilha com mais frequência.

A criançada está cheia de ideia. Só não pode brincar é com as pilhas. O Inmetro fez um teste pra medir a quantidade de metais pesados como mercúrio, chumbo e cádmio que elas contêm.

“Esses metais eles são extremamente tóxicos para saúde humana, sendo neurodegenerativos”, explica a química Alexandra Schuh. Ou seja: podem fazer muito mal ao cérebro. “Além de atacar certos órgãos como rins, pulmões e intestino”, completa.

Nesse quesito, a pilha comum da marca Alfacell apresentou o dobro da quantidade de cádmio considerada segura.

Entre as pilhas piratas, Livcat e Sound Sonic também mostraram níveis altíssimos de cádmio e, principalmente de mercúrio, até 24 vezes acima do recomendado. Já a pilha Goal apresentou quantidades elevadas nos três metais testados. Agora, atenção: nenhum tipo de pilha deve ser descartado no lixo comum. Nem mesmo as aprovadas neste teste.

“Além de prejudicar o meio ambiente, elas entram na cadeia alimentar entrando em contato diretamente conosco. Por isso a importância de um descarte correto dessas pilhas”, explica Alexandra.

Procure no seu bairro o ponto mais próximo de coleta de pilhas e baterias.

“Os supermercados ou qualquer outro estabelecimento que venda pilha é obrigado a recolher as pilhas da marca que ele trabalha. Essas pilhas depois são encaminhadas depois aos fabricantes, aos importadores, que por sua vez, as encaminham para as recicladoras”, afirma Alfredo Lobo.

Procurada pelo Inmetro, a Alfacell disse que realiza ensaios periódicos com suas pilhas e que o nível de cádmio sempre esteve dentro dos limites recomendados. O Inmetro sustenta: o resultado do teste mostra que a Alfacell precisa aprimorar o controle de qualidade de seus produtos.


Veja o relatório completo dos testes das pilhas. Clique aqui

Fonte: Fantástico

 


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