Meio ambiente, sustentabilidade e preservação são três conceitos que a cada dia estão mais presentes na sociedade. Não é diferente no meio empresarial que, há algum tempo, vem criando ferramentas e mecanismos focados na preservação do meio ambiente, sobretudo em fazer das atividades humanas mais sustentáveis, visando utilizar os recursos naturais de maneira inteligente, não comprometendo o futuro das próximas gerações.
Dentro desse contexto que o setor corporativo tem investido nos chamados executivos de sustentabilidade, profissionais que aplicam o conceito de "ser sustentável" dentro das organizações empresariais. Segundo a coordenadora da área de meio ambiente do Ietec, Ruthe Pires, a procura por esse tipo de profissional vem aumentando gradativamente em diversas empresas. "O interesse começou tímido, mas uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps) detectou uma expectativa de ampliação das equipes de sustentabilidade em uma em cada quatro empresas (26%) consultadas em 2012", comenta.
Essa área tem despertado a atenção de jovens estudantes e executivos, justamente pelas múltiplas oportunidades no mercado de trabalho aliadas aos diversos benefícios, como os salários elevados. Também de acordo com pesquisas da Abraps, os salários dessa área tendem a aumentar bastante, podendo chegar a R$ 25 mil. André Pereira, estudante de pós-graduação do curso de Meio Ambiente do Ietec, pontua que atuar nesse segmento atualmente, é vantajoso e satisfatório. "Trabalhar com meio ambiente e sustentabilidade faz você unir o útil ao agradável, pois ao mesmo tempo em que se trabalha bastante podemos sempre ter como foco a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, o que traz muita satisfação. Atualmente, as condições de trabalho e a remuneração da área também motivam bastante, pois são bem atrativas", afirma.
A área de atuação do executivo sustentável dentro das empresas é diversificada, podendo ir desde orientações até investimentos sociais, políticas de gestão interna e gestão ambiental. Dessa maneira, na visão de Ruthe Pires, é desejável possuir características específicas para ser um profissional eficiente. "Ele deve ter um perfil bem determinado, buscar sempre compreender o negócio, ter paciência com situações de pressão, muita coragem para propor mudanças em estruturas empresariais bastante consolidadas e, como em toda profissão, ter capacidade de se comunicar bem e lidar com problemas", comenta.
Como qualquer campo em ascensão ainda existe desafios dentro das empresas a serem enfrentados pelo executivo de sustentabilidade. Muitas vezes esses profissionais, por serem considerados "idealistas", não conseguem participar ativamente das decisões estratégicas e integrar as variáveis socioambientais nas ações coorporativas, sendo submetidos a ideias conservadoras de gestão empresarial.
Veículo: Diário do Comércio - MG