Iniciativa já beneficiou 5 mil agricultores familiares e 125 mil estudantes no continente africano. Novos investimentos serão usados para ampliar capacidade produtiva dos agricultores familiares e reforçar compra de alimentos para escolas
O governo brasileiro, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e o Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID), lançou a segunda fase do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na África. "É preciso agradecer ao Brasil por mostrar ao mundo que há formas eficazes para tentar acabar com a fome no mundo e ao Reino Unido por confiar no método brasileiro e financiar o programa na África", afirmou o representante da ONU no Brasil, Jorge Chediak, durante cerimônia no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília.
O PAA África inspira-se na experiência brasileira em vigor desde 2003, executada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Por meio das compras governamentais, ele garante renda para os agricultores familiares e promove a segurança alimentar e nutricional das populações mais pobres, com a distribuição dos produtos adquiridos. Para o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, "o PAA brasileiro completa 10 anos como uma história de sucesso e o governo brasileiro está de parabéns por não se furtar a compartilhar essa experiência bem sucedida com outros países."
A primeira fase do PAA África já beneficiou 5 mil agricultores familiares e 125 mil estudantes de 434 escolas. Nos próximos cinco anos, Etiópia, Malaui, Moçambique Níger e Senegal vão receber investimentos de US$ 11 milhões. As lições aprendidas desde fevereiro de 2012, quando o PAA África teve início, serão a base para melhorar e ampliar o programa africano.
A segunda fase será voltada para garantir a sustentabilidade do programa, com o aumento dos investimentos na agricultura familiar e nas estratégias de compra de alimentos para as escolas. Para isto, serão utilizadas como estratégias: ampliação do envolvimento político com o programa em nível regional, nacional e internacional; participação da sociedade civil para garantir mais transparência; apoio aos agricultores com capacidade de aumento da produtividade agrícola; aprimoramento das modalidades de pagamento e aquisição; e desenvolvimento de ferramentas de monitoramento e avaliação.
"As experiências do PAA em outros países são um grande desafio para o governo brasileiro e motivo de grande alegria ver que o programa vem se consolidando e se fortalecendo como um bom modelo a ser adaptado", afirmou Lilian Rahal, secretária adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS. O programa já despertou o interesse de mais de 70 países da América Latina, África e Ásia em conhecer as políticas de segurança alimentar e nutricional desenvolvidas no Brasil.
O lançamento aconteceu no dia 4 de dezembro, em Brasília.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MDS