A Batavo, cooperativa agroindustrial do Paraná, vai entrar no segmento de energia eólica. O grupo planeja construir um parque com 30 aerogeradores, com um investimento de aproximadamente R$ 240 milhões.
As torres deverão ocupar áreas na região de Carambeí, município onde está a matriz da cooperativa, a cerca de 140 quilômetros de Curitiba."Temos há algum tempo procurado diversificar os negócios, verticalizar as propriedades. Na área agrícola, o espaço é restrito para crescer", diz Gaspar João de Geus, vice-presidente da Batavo.
"Fizemos um estudo de prospecção que durou três anos e mediu a qualidade dos ventos. O resultado superou as expectativas iniciais."Cerca de 95% do parque eólico deverá ficar em imóveis dos cooperados. As torres aproveitarão áreas que, por características geográficas, não são adequadas para atividades agrícolas.
O projeto está em fase de licenciamento ambiental e deverá ser inscrito em leilões de energia eólica da Aneel.A maior parte da construção será custeada pela própria cooperativa. "Vamos buscar parceiros e abrir para que os cooperados, como pessoas físicas, possam investir."A maior parte do faturamento atual vêm de grãos e da produção láctea.
Desde 2007, a marca Batavo de alimentos industrializados não pertence à cooperativa --foi incorporada pela Perdigão, hoje BRF, que, por sua vez, a vendeu neste ano à francesa Lactalis.
Veículos: Folha de S. Paulo