Segundo cálculos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), desde o início do ano a conta de luz já ficou 7% mais cara. E a expectativa é que em 2015, quando entrar em vigor o regime de bandeiras tarifárias, o custo da energia para a indústria fique ainda mais alto.
Atento a esse aumento de custos, o comércio também toma iniciativas para reduzir o consumo de água e energia elétrica em busca, também, de um posicionamento ambientalmente mais correto. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Shopping Contagem, com um conjunto de ações bem simples, conseguiu reduzir o consumo nos meses de agosto e setembro em 74% em relação a julho.
Segundo o gerente de operações do Shopping Contagem, Nilson Rabelo, foram instalados novos equipamentos e feitas cartilhas distribuídas aos lojistas com dicas de economia. "A adesão foi excelente. Todos perceberam que de outra forma teríamos um grande impacto nos custos, e assim, também no condomínio. Reorganizamos os turnos de limpeza e ficamos mais atentos aos pequenos concertos que sempre causam desperdício. Os custos dos equipamentos já faziam parte do orçamento de manutenção e se pagaram com a própria economia", explica Rabelo.
Entre as medidas implantadas estão a instalação de arejadores de torneiras (redução de consumo de 9 litros por minuto para 1,8 litro, resultando em 80% de redução), regulagem de válvulas de descarga de 12 para 6 litros por acionamento e confecção e distribuição de cartilha aos lojistas conscientizando sobre o consumo adequado de água.
A cartilha distribuída aos lojistas é dividida em duas partes. A primeira contém dicas de economia de água, como não esquecer a torneira aberta, não jogar sujeira no ralo da pia, a necessidade de instalação de dispositivos de baixa vazão e conscientização dos funcionários. A segunda parte traz curiosidades que mostram o quanto pequenos descuidos e maus hábitos podem fazer o consumo de água ser muito maior do que o necessário. Por exemplo, a válvula hídrica defeituosa em um vaso sanitário pode provocar o desperdício de até 66% de água e uma torneira aberta pode jogar fora até 20 litros de água por minuto, o que representa um gasto de R$ 7 por hora.
No médio prazo o mall já prevê ações mais robustas como a implantação de um projeto de reuso e de perfuração de poços artesianos. "Nenhuma dessas ações diminuiu o número ou a qualidade das limpezas realizadas. uma questão de consciência e respeito com a natureza e a sociedade. Um shopping pertence a uma grande cadeia produtiva e tem o dever de ser exemplo para parceiros, clientes e comunidade", destaca o gerente de operações.
Veículo: Diário do Comércio - MG