O mercado de produtos sustentáveis em higiene e beleza ganhou relevância no faturamento das empresas e está cada vez mais presente no dia a dia das famílias brasileiras. O que antes girava em torno apenas da preocupação com o meio ambiente, hoje permeia várias esferas, desde embalagens sustentáveis, ingredientes naturais até teste em animais.
Segundo estudo da Nielsen, a sustentabilidade é a terceira maior preocupação do consumidor brasileiro. Os lares que declaram ter hábitos e atitudes sustentáveis já somam mais de sete milhões no país e concentram 18,2% do faturamento dos produtos de higiene e beleza.
“A indústria pode ter um papel ativo na conscientização e educação do seu consumidor. Esse mercado está crescendo, as empresas precisam estar atentas para decidirem se querem ser protagonistas ou seguidoras”, afirma a líder da Indústria de Higiene & Beleza da Nielsen Brasil, Margareth Utimura.
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Na análise, a Nielsen apresenta o consumidor com características de comportamento sustentável como definidoras da compra. Na pesquisa, o consumidor declarou que os produtos mais comprados no grupo são shampoo, com 29,9%, sabonete, 24,1%, e pós-shampoo, com 22,5%.
De acordo o estudo, o segmento de ingredientes naturais é o que registrou o maior ritmo de crescimento e, além da embalagem, foi o critério mais reconhecido pelo consumidor como sendo sustentável.
O maior segmento é o de cruelty free (livre de testes em animais), que representa 11% do mercado analisado. Já o grupo de produtos veganos, apesar de representar 3% do faturamento, tem aumentado as vendas no mesmo ritmo de cruelty free. Por fim, o grupo de ingredientes naturais é o que tem o maior ritmo de crescimento, com uma taxa de 124%.
Canal
A venda de produtos sustentáveis se dá principalmente em perfumarias, com 67,2%, e ganhou ainda mais importância em relação ao ano anterior. Esse é um canal utilizado pela maioria de mulheres entre 18 e 35 anos – maiores consumidoras do setor.
O estudo ainda aponta que 32,8% das compras de produtos sustentáveis acontecem em e-commerce. Desse total, 50% são feitas diretamente em sites de fabricantes. A comodidade é apontada por 32,3% dos consumidores para a compra online.
“Antes existia o mito de que para comprar alguns produtos o consumidor precisava sentir a fragrância, sentir a textura, provar a cor do batom. Estamos vendo que isso está mudando rapidamente, pois o consumidor vai na loja física experimenta o produto e depois volta para o online onde o preço é melhor”, explica Utimura.
Fonte: Consumidor Moderno