Baixa renda chega a 61% do varejo on-line

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O perfil do comprador de produtos pela Internet acaba de mudar, pois no primeiro semestre deste ano, 61% dos novos consumidores on-line vieram de famílias com renda mensal de até R$ 3 mil, sendo em maioria (55%) mulheres. O cenário deve-se ao aumento da renda da população emergente, aliado a questões como o impulso das vendas de computadores, além do maior acesso à Internet e a cartões de crédito.

 

"O crescimento da baixa renda no e-commerce é relevante e deve continuar em evidência para os próximos anos", afirmou o diretor de marketing e produtos da e-bit, Alexandre Umberti. Especializada na atividade comercial virtual, a e-bit é responsável pela pesquisa que verificou tais mudanças no perfil do "e-consumidor". "Percebemos que esse consumidor chega ao novo canal já adquirindo produtos de alto valor agregado", disse Umberti.

 

Segundo a empresa, nos últimos anos, a entrada desse público no comércio eletrônico aumentou de forma significativa, comprovando que o consumidor das classes menos abastadas está conectado e fazendo compras via web, principalmente nas sessões de eletrodomésticos, eletrônicos e artigos de informática.

 

Um sinal do avanço está na seguinte comparação: em 2009, 44,6% do total de "e-consumidores" pertenciam, na melhor das hipóteses, à classe C; já no primeiro semestre deste ano, esse mesmo número subiu para 46,5%, de acordo com a e-bit. O atual contingente corresponde a um acréscimo de cerca de cinco milhões de consumidores ao mercado virtual, em apenas dois anos.

 

"A partir de uma primeira experiência [de compra por vias on-line], muitas vezes parcelada em 12 vezes sem juros, no cartão de crédito, esse indivíduo [o novo "e-consumidor"] passa a considerar a Internet um novo canal de compras no seu repertório de opções", observou Umberti, o diretor de Marketing da e-bit.

 

Vale ressaltar que mais da metade desses entrantes são do gênero feminino. Ao longo dos seis primeiros meses de 2011, 55% dos novos consumidores on-line eram mulheres. No que diz respeito à idade, 24% dos que fizeram a primeira compra tinham algo entre 35 e 49 anos -faixa etária que também é a mais representativa para o comércio eletrônico como um todo.

 

Quanto à escolaridade, 22% dos novos consumidores declararam ter concluído o ensino superior, enquanto 78% deles não completaram a graduação. Em relação às regiões brasileiras, a Sudeste mostrou-se a principal terra dos recentes e-consumidores de baixa renda: 64% do total disseram que moram nessa região. Em seguida, vêm as Regiões Nordeste e Sul, com 14% e 12%.

 

Apesar de terem menor frequência de compra e menor renda, os consumidores em questão superam em gastos os compradores da Internet, considerando o tíquete médio registrado no primeiro semestre de 2011. Tal dado, no comércio on-line em geral, foi de R$ 320,00 no período, algo menor que os R$ 355,00 registrados em 2009.

 

Se analisarmos apenas as pessoas da "baixa renda", que fizeram sua primeira compra nos primeiros seis meses deste ano, o valor médio subiu, chegando a R$ 340,00. Já em 2009, esses consumidores gastavam, em média, R$ 330,00 por compra.

 

Responsável pelos cálculos, a e-bit está presente no mercado brasileiro desde janeiro de 2000, sendo referência no fornecimento de informações de e-commerce. Presidida por Pedro Guasti, a empresa publica frequentemente pesquisas sobre o mercado virtual em seu site (http://ebit.com.br), e mantém, atualmente, 4.000 lojas eletrônicas conveniadas.

 


Veículo: DCI


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