Startups buscam romper ‘duopólio’ de marcas tradicionais

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Novas empresas querem atingir negócios que não estão satisfeitos com condições de operadoras de cartão de crédito

SÃO PAULO – Foi num bar que surgiu a inspiração da startup do empresário carioca Fabiano Cruz. Ele quis pagar a conta com cartão de crédito, mas o dono disse que não aceitava. A justificativa era uma reclamação já conhecida: as altas taxas cobradas pelas administradoras de cartão.

Com seu sócio Rodrigo Miranda, Cruz começou a desenvolver a tecnologia da Zoop no ano passado. Quando chegar ao mercado este ano, a máquina de cartão de crédito da empresa fará transações via smartphone ou tablet. O alvo são “empreendedores individuais”.

“É um duopólio”, diz Cruz sobre a dominação do mercado nacional por Cielo e Redecard. Empresas como a Zoop saúdam o suporte legal trazido pela MP 615, que poderá abrir espaço para que elas avancem onde Cielo e Redecard custam a chegar.

“Estávamos operando em uma área cinzenta,” diz Márcio Campos, CEO e fundador da PagPop, startup que desenvolveu um aplicativo que transforma o celular numa máquina de cartão de crédito. “Atendo a base da pirâmide”, diz ele. “Profissionais autônomos e pequenos empresários que não podiam trabalhar com cartão de crédito agora podem.”

Companhias como PagPop e Zoop oferecem um tipo cada vez mais disseminado de pagamento móvel: o uso do celular ou tablet do comerciante no lugar da famosa maquininha.

Já a PicPay, startup de Vitória (ES), aposta na comodidade que seu aplicativo proporciona para competir nesse mercado. Basta que a pessoa mire o aparelho no código que acompanha o produto (uma espécie de QR Code), que pode estar em mídia impressa ou online, para comprá-lo com poucos cliques. Atualmente, são mais de 250 empresas e estabelecimentos cadastrados em Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo.

Para Diogo Roberte, da área de comunicação e marketing da empresa, as pistas dadas pelo BC podem favorecer a dinâmica do mercado de pagamentos móveis. “Como trabalhamos com parâmetros de confiança junto ao mercado, ficamos tranquilos”, afirma. “Se o governo e o BC se preocuparem com a experiência do usuário, seu relacionamento com as empresas e a relação delas com os parceiros que oferecem esse tipo de solução, somos favoráveis; isso vai melhorar a qualidade das ofertas do mercado.”



Veículo: O Estado de S.Paulo


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