No país, 124 mil casas têm fibra óptica

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Em meio à implantação do Plano Nacional de Banda Larga, que prevê a oferta em todo o país de acesso à internet com velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps) a preços populares, as operadoras expandem a oferta da banda ultralarga - acima de 10 Mbps. Para velocidades superiores a 100 Mbps, as teles precisam adotar redes de fibra óptica até a casa do usuário. No Brasil, essas redes dobraram de tamanho em 2012 e passaram a ficar disponíveis para 1,215 milhão de domicílios. Apesar do forte avanço, a oferta ainda é tímida, correspondendo a 1,98% do total de residências no país.

Entre os domicílios cobertos pela infraestrutura, 124 mil deles adotam o serviço, o que corresponde a 10% da oferta total de fibra óptica em casa, de acordo com dados da consultoria Idate Consulting. No Brasil, existem em torno de cem projetos de fibra óptica para implantação em domicílios, a maioria sob a responsabilidade de pequenos provedores de internet e empresas de energia. Os projetos de maior abrangência são da Telefônica/Vivo e da Oi.

A Telefônica/Vivo começou a ofertar o serviço em 2011 e fechou o ano passado com uma cobertura de 1 milhão de domicílios e 115 mil clientes no Estado de São Paulo, com investimento de R$ 100 milhões. A meta para 2013 é ampliar a rede para 1,8 milhão de domicílios e iniciar a oferta em outros Estados. Em número de clientes, a expectativa é superar 200 mil domicílios, disse André Krieger, diretor de fibra óptica da Telefônica/Vivo. Os planos têm velocidades entre 25 Mbps e 200 Mbps. "Quero oferecer banda larga a 500 Mbps para São Paulo", disse Krieger. A empresa já vem testando essa velocidade.

A Oi começou a oferecer o serviço no ano passado, com cobertura para 200 mil domicílios no Rio de Janeiro. Este ano, vai ampliar para 750 mil casas. Marco Dyodi, diretor de fibra da Oi, disse que o plano é chegar a 2015 com oferta para 2,4 milhões de domicílios em 20 cidades de grande porte. A operadora não divulga o número de domicílios que usam o serviço, mas a Idate estima que a Oi tenha atendido a 8 mil casas no ano passado.

Neste mês, a oferta de banda ultralarga da Oi, com velocidades de 100 Mbps e 200 Mbps, será expandida para Belo Horizonte. Dyodi não divulga o valor investido no projeto. "Até o momento, o plano consiste em construir a rede própria de fibra óptica, com foco nas cidades de maior densidade populacional", afirmou Dyodi.

A GVT, controlada pela Vivendi, tem uma rede capaz de cobrir 5 mil domicílios. A empresa oferece a fibra óptica até a casa para planos com velocidades acima de 50 Mbps. Em abril, a GVT anunciou a oferta de 150 Mbps, que se soma aos planos de 50 Mbps e 100 Mbps. Segundo dados da Idate, até o fim do ano passado o número de domicílios que usam o serviço da empresa não chegava a mil.

A TIM e a Net adotam um modelo híbrido, com fibra óptica até o poste e a conexão nas casas com cabos de cobre. Rogério Takayanagi, presidente da TIM Fiber, disse que a conexão final com cobre custa um décimo do valor da fibra óptica até a casa do cliente. A companhia oferece planos de 35 Mbps e 50 Mbps. "A TIM Fiber acredita mais na massificação do serviço do que na oferta de um serviço caro para um nicho de clientes", afirmou Takayanagi.

A TIM Fiber encerrou 2012 com cobertura de 500 mil domicílios e 10 mil clientes. Na semana passada, atingiu 20 mil clientes. A meta para o ano é chegar a 70 mil clientes em São Paulo e no Rio de Janeiro e a uma cobertura de 1 milhão de domicílios. Na capital fluminense, o serviço será oferecido a partir de setembro. A Net não respondeu ao pedido de entrevista.



Veículo: Valor Econômico


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