Redecard se une a DataCash para avançar no comércio eletrônico

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Na arena do comércio eletrônico, a batalha entre as credenciadoras de cartões Cielo e Redecard é um tanto desigual. Se nos últimos anos a Cielo anunciou uma série de aquisições e parcerias para avançar no "e-commerce", a grande rival passou o período em silêncio. Isso mudou ontem, quando a credenciadora controlada pelo Itaú Unibanco lançou sua nova plataforma, em parceria com a empresa britânica de pagamentos DataCash, que pertence à bandeira de cartões MasterCard.

A plataforma é o equivalente digital ao que as credenciadoras fazem no mundo físico: capturar transações de pagamentos eletrônicos para lojistas.

"O lançamento vai cobrir algumas defasagens que tínhamos em comércio eletrônico", afirma Marcelo Kopel, diretor-executivo da Redecard. "São itens que deixamos de desenvolver de propósito, depois da decisão que não iríamos mais apostar em plataforma própria para e-commerce". É o caso, por exemplo, da captura de cartões de débito ou de transações de boleto bancário em compras on-line.

Só que a Cielo não quer dar espaço para a rival tirar o aparente atraso. "Em 2010, quando desenvolvemos nossa plataforma, fizemos com base na demanda dos 50 maiores clientes. Continuamos colhendo essas demandas e hoje atendemos também o que os menores querem", diz Rogério Signorini, diretor de inovação da Cielo. Entre as soluções, há a que permite ao lojista dar mais detalhes na fatura sobre uma compra, evitando que o consumidor não reconheça a transação.

A Redecard acredita que a experiência internacional da parceria DataCash será um trunfo na briga. No mundo das compras on-line, a DataCash atua como "gateway", ou seja, faz a ponte das informações de pagamentos entre lojistas e credenciadores. Em agosto de 2010, a MasterCard adquiriu a companhia por US$ 520 milhões. A empresa processa mais de 1 bilhão de transações por ano e aceita pagamento em cerca de 177 moedas.

"Chegamos a estudar fazer uma plataforma própria, mas a agilidade e a possibilidade de importar práticas de outros países nos fizeram optar pela parceria com a DataCash", diz Kopel. Segundo o executivo, a busca por um parceiro em e-commerce vem sendo feita desde dezembro de 2011, antes mesmo de a Redecard deixar de ser listada na bolsa.

No caso da Cielo, parcerias e aquisições também foram fundamentais na estratégia de comércio eletrônico. Além de ser dona da Braspag, que atua como "gateway", a Cielo fechou no ano passado parceria com a CyberSource, subsidiária da Visa, para prevenção de fraudes em comércio eletrônico. Também em 2012, comprou a empresa de pagamentos americana Merchant e-Solutions (MeS), aquisição que reforçaria seu projeto no e-commerce.

"Há vários itens, tanto em termos de tecnologia como de conhecimento, que estamos trabalhando para importar da MeS", afirma Signorini. Tanto que ele reforça a meta que as transações de comércio eletrônico representarão 21% do total em 2020. Em 2011, eram pouco mais de 7% do total.

Já a Redecard não divulga metas para o comércio eletrônico. "Não definimos metas de fatia de mercado ou de número de clientes neste ano na plataforma. O objetivo primeiramente é formar grupos de clientes de segmentos variados para testar a plataforma", afirma Kopel. Um alvo importante, porém, devem ser os pequenos comerciantes. "É neles que o e-commerce mais cresce."



Veículo: Valor Econômico


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