Muito conhecida por sua atuação no segmento de automação bancária, companhia americana quer aproveitar a presença no mercado local para impulsionar a oferta de tecnologias para grandes e médios varejistas no país
A relação da americana NCR com o Brasil é antiga. Uma das principais fabricantesmundiais de caixas eletrônicos (ATM), a empresa deu início à sua operação local há 76 anos. Muitas décadas depois desse primeiro contato, a empresa enxerga uma nova oportunidade de estreitar ainda mais seus laçoscomopaís: aofertade tecnologias para o varejo.
“O varejo brasileiro vive um momento muito dinâmico, com fusões e aquisições.Ofoco é aproveitar nossa presença no país para ganhar participaçãonessemercado”, afirmou Jorge Belmar, vice presidente da divisão de varejo da NCR para as regiões do Caribe, América Latina e Brasil.
Recém-criado, o cargo de Belmar é mais uma prova do ganho de relevância do setor e domercado brasileiro dentro dessa guinada estratégica daNCR. Sob essamesma perspectiva, a companhia contratou, em março, Antonio Mendes Castilho Filho para assumir o comando da unidade de negócios de varejo no Brasil.
A oferta da NCR voltada ao setor envolve serviços e terminais de ponto de venda (POS), categoria que inclui equipamentos que registram todas as transações no varejo, comopor exemplo, asmáquinasde cartãode crédito edébito. A principal aposta desse pacote, no entanto, são os softwares que a empresa desenvolveu ou incorporou recentemente ao seu portfólio, como resultado de uma série de aquisições. No Brasil, a NCR também foi às compras. Em 2012, a empresa anunciouas aquisições da POS Integrated Solutions e daWyse Sistemasde Informática, que desenvolvem sistemas de automação para o varejo.
Segundo Belmar, o portfólio de softwares da NCR está alinhado com novas tendências que estão concentrando as estratégias do setor, como o atendimento multicanal. “Existe uma demanda crescente por softwares que permiteminiciar uma transação emum canal, como a internet, e concluir a operação emoutra ponta, como uma loja física”, observa.
O foco da NCR no país são os varejistas de grande e médio porte. “Essas empresas respondem por 80% da receita do setor”, diz Castilho Filho, responsável pela divisão no Brasil. Os pequenos varejistas também estão no radar, mas serão atendidos via parceiros.
O executivo não revela números sobre a receita local da unidade. Em 2012, a divisão representou 29% da receita global da NCR, de US$ 5,73 bilhões. No segundo trimestre, a unidade registrou um crescimento de 26%. “O Brasil acompanha esses resultados e está muito perto de ultrapassar o desempenho global”, afirmou.
Veículo: Brasil Econômico