A exemplo do que está acontecendo no resto do mundo, a rede de dados da americana AT&T na América do Sul também será contemplada com os investimentos mundiais que totalizam US$ 1 bilhão neste ano e que foram anunciados recentemente visando exclusivamente o reforço e modernização.
O vice-presidente de vendas da região, Eduardo Farinelli, considera que a crise financeira que impactou os resultados de muitos de seus clientes pode representar um estímulo para investirem em tecnologia e comunicação, aumentando a demanda pelos serviços prestados pela operadora especializada em multinacionais.
Por ter negócios cruzando os oceanos, uma empresa globalizada de porte gasta muitos milhares de dólares em viagens internacionais de seus executivos ao longo do ano, para reuniões e projetos.
Também são elevadas as contas das chamadas telefônicas de longa distância das corporações que possuem subsidiárias em continentes diferentes.
No primeiro caso, a tecnologia que permite reuniões quase presenciais através de videoconferência, denominada telepresença, efetivamente pode propiciar uma economia considerável. Os executivos sentam-se a uma mesa num ambiente identicamente replicado em várias cidades do mundo e usufruem de imagens e áudio como se todos estivessem na mesma sala, à volta da mesma mesa de runiões, com acesso a telas pelas quais são exibidos números e apresentações power-point.
No segundo caso, a tecnologia de voz sobre internet, contendo gerenciamento sob a denominação MPLS, substitui com muita economia as chamadas tradicionais, muitas vezes zerando os custos nas ligações inter-ramais.
Farinelli acredita que lançar mão desses recursos propiciados pela tecnologia tem grande apelo e tende portanto a crescer justamente durante os períodos de crise, como este que estamos vivendo.
Meio a meio
Há duas divisões dentro da rede que merecerão os investimentos programados pela AT&T: infraestrutura e suporte com serviços. A primeira, segundo Farinelli, engloba cabos submarinos, nós de rede e capacidade propriamente dita.
Na outra estão incluídos a forma de cobrança das empresas-clientes, e o atendimento, como o que deve ocorrer quando existe uma chamadas de queda de link, afirmou o executivo.
"Os investimentos serão divididos em 50% para a primeira parte e a outra metade para a segunda", disse o vice-presidente de vendas da América do Sul, sem revelar o montante que caberá ao País.
"O que posso dizer é que o Brasil é considerado prioridade para a AT&T", disse Farinelli. E revelou que a região da América Latina, Caribe e Canadá exibiram o maior crescimento dentro das divisões da corporação. "Crescemos 21% no ano, enquanto a média parou nos 13%, pois a Europa cresceu só 9%, a Ásia e países ao redor cresceram 12% e a Índia, 20%.
O executivo citou algumas empresas brasileiras que fazem parte do portfólio de clientes da operadora global: Fujitsu, Rexan, Shell, General Motors, Starbucks e IBM. Esta última vendeu sua divisão de gerenciamento de rede interna à AT&T no último ano
Veículo: Gazeta Mercantil