Devido às recessões passadas pelo país nos últimos anos, o brasileiro passou a evitar a realização de compras desnecessárias. Ainda com este novo comportamento, o comércio eletrônico faturou R$ 69 bilhões no Brasil em 2018, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
O crescimento representa para o comércio eletrônico um aumento de 15% em relação ao ano anterior. O varejo tradicional teve um aumento menos significativo, sendo 2,3% no mesmo período.
Estes fatores apontam para a diminuição do receio do consumidor brasileiro em optar por compras virtuais. O setor está em expansão e a aceitação do público em geral está correspondendo às expectativas dos varejistas online.
Segundo Ana Szasz, líder comercial da consultoria Ebit|Nielsen, "O comércio online tem crescido cinco vezes mais que o offline no mundo. É uma tendência. E os números do Brasil mostram isso. Apesar de o consumo ainda estar retraído no país por conta da crise, o e-commerce teve um crescimento significativo porque novos consumidores passaram a testar as compras online".
A especialista ainda afirmou que apenas no ano de 2018, o e-commerce adquiriu 10 milhões de novos consumidores no Brasil. Como consequência, o número de transações aumentou em 10%, alcançando a marca de 123 milhões de pedidos online, com o ticket médio de R$ 434,00 conforme visto na pesquisa Ebit|Nielsen.
O crescimento pode ser visto desde o ano de 2016. Desde então, a área não apresentou recessão, trazendo a cada ano um número mais significativo para o mercado.
Crescimento do e-commerce: quais são as razões?
A expansão desse mercado se dá devido a três aspectos muito valorizados pelo consumidor, sendo eles: facilidade, praticidade e comodidade de realizar uma compra sem precisar sair de casa.
A continuação do crescimento é considerada uma tendência progressiva, já que cada vez mais pessoas estão se familiarizando com o ambiente virtual.
Outro fator que tem influência sobre o crescimento é a percepção dos lojistas em relação à usabilidade das lojas virtuais. Foi percebido que a navegação é muito importante para as pessoas de modo geral, assim o e-commerce passou a ser otimizado para ser acessado de dispositivos variados, como celulares, computadores e tablets. Cerca de 33% das compras em lojas virtuais são feitas por dispositivos móveis, ressaltando ainda mais a atenção que deve ser dada adaptação da navegação para todas as telas.
A pesquisa da Ebit em 2018 estimou que até o ano de 2020, metade das compras online serão feitas por dispositivos móveis.
As lojas virtuais também são mais democráticas, possibilitando que pequenas empresas consigam destaque no mercado e apresentem os seus produtos, ainda que não tenham muito tempo de mercado.
Devido a isso, é perceptível que o crescimento no e-commerce se dá não somente pela usabilidade e confiança do usuário em comprar online, mas também a variedade oferecida pelos novos empreendedores que se inserem neste mercado.
O tamanho e estrutura da empresa não são avaliados quando um usuário busca por um produto e sim, a sensação de segurança e o profissionalismo. Ao criar uma loja virtual, o empreendedor tem a possibilidade de disponibilizar as informações para que o consumidor tenha de forma clara o que está buscando.
O mercado do varejo tradicional é significativamente maior do que o e-commerce, no entanto ignorar a expansão do comércio eletrônico faz com que empresas percam oportunidades.
Com a loja virtual, será possível estar disponível para o consumidor nas mais variadas horas do dia, além de eliminar as barreiras geográficas. Outros fatores para que os empreendedores optem por lojas virtuais são:
- Aumentar o potencial de vendas empresa;
- Facilidade em realizar ações promocionais;
- Rápido contato com o cliente;
- Aumentar a visibilidade dos produtos;
- Receber vendas a qualquer hora do dia, entre outras possibilidades.
O crescimento das lojas virtuais é evidente e a cada ano o interesse do usuário em adquirir produtos pelo ambiente virtual fica mais claro nos números.
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Fonte: Terra