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Natal 2016

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Supermercadistas projetam crescimento de 0,67% nas vendas de final de ano

O setor supermercadista brasileiro projeta alta real de 0,67% nas vendas do final de ano, em relação ao mesmo período de 2015, de acordo com a Pesquisa de Natal 2016 da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), realizada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade, divulgada hoje 8/11/2016, em coletiva de imprensa, durante a 50ª Convenção ABRAS, em Atibaia. Os empresários do setor esperam um crescimento nominal de suas vendas na ordem de 9,56%, mas os preços deverão apresentar uma variação média de 8,83%.

"Apesar de estarmos em um momento econômico difícil, o setor segue firme e confiante, como vimos nos nossos índices, de janeiro a setembro acumula alta de 1,21%. Por isso, acreditamos que as tradições do Natal e Réveillon irão influenciar o consumidor a adquirir mais itens nos supermercados, e favorecer, assim, nos resultados do final do ano. A época sempre foi a melhor para o nosso segmento, e esperamos que isso se confirme", destaca o presidente da Abras, Fernando Yamada.

Embora otimistas, os empresários do setor estavam mais cautelosos em relação às suas encomendas para o período. Neste ano, 56% dos supermercadistas previam estabilidade nos pedidos junto às indústrias/fornecedores, e somente 16% projetavam comprar mais. A pesquisa foi realizada entre setembro e outubro.

Vendas

Na visão dos empresários do setor, o refrigerante e a cerveja, itens muito consumidos em datas festivas, serão os que apresentarão melhor resultado nas vendas reais, 4,43% e 4,08% respectivamente. Seguidos do frango congelado, 3,66%, e do peixe congelado, 3,19%. Já os vinhos nacionais apresentaram queda de -1,05% nas perspectivas de vendas em comparação com 2015.

Produtos típicos

Dos produtos típicos do Natal e Réveillon, as frutas secas (2,68%) e o panetone (2,12%) lideram as projeções de vendas dos supermercadistas. 

Em contrapartida, o peru, ave tradicional e muito consumida no Natal, registrou queda de -1,55% na expectativa de venda em relação ao ano anterior.

Importados

A baixa do dólar não refletiu muito nos itens importados em geral, que registraram 0,70% de crescimento na perspectiva de vendas reais este ano em relação a 2015 com variação de preços de 9,23%, em média. Já os vinhos importados registraram queda de -1,02% em relação ao ano passado, com aumento de preços de 9,55%.

Preços

Em relação à variação de preços nos últimos 12 meses, as bebidas registraram maior aumento. Os vinhos nacionais estão em primeiro lugar do ranking, registrando 11,17%, seguido do refrigerante, 10,53%; da cerveja, com 10,41%; e do espumante/frisantes, 10,23%.

Contratações

A Pesquisa de Natal 2016 também apurou as expectativas de contratação por parte das empresas do setor, e identificou que a economia difícil, com a queda no PIB (estimado em -3,4% no ano), e o aumento dos índices de desemprego refletirão nas contratações. Para 2016, apenas 25% dos supermercadistas veem a necessidade de trabalhadores temporários no período, estimado em 26,4 mil postos. Dentre as funções mais informadas pelos entrevistados que serão contratadas em 2016 estão: empacotador (19,7%) e repositor (18,0%).

Metodologia

A Pesquisa de Natal ABRAS é realizada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional todos os anos. Em 2016 foi apurada de 19/9/2016 a 7/10/2016 por meio de questionário on-line com as principais redes de supermercados do Brasil.

ABRAS

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) é a entidade representativa em âmbito nacional do varejo de autosserviço, setor responsável pela comercialização, no Brasil, de 83,7% de produtos alimentícios, de higiene, limpeza e congêneres. Com faturamento de R$ 315,8 bilhões (Ranking Abras/SuperHiper 2016), o setor supermercadista no País representa 5,35% do PIB e gera mais de 1,85 milhão de empregos diretos, segundo a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS). Trata-se da mais importante atividade econômica de comércio, com 84,5 mil lojas no Brasil, que recebem cerca de 25 milhões de consumidores todos os dias.

Veja a pesquisa na íntegra