Espocar na orla

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Uma das metas de Ângelo Salton, morto em fevereiro, era conquistar o Nordeste. O então presidente da vinícola Salton queria que os banhistas tomassem espumante na praia na maior descontração, da mesma maneira que encaram a cerveja e a caipirinha. Ficava ainda mais ansioso quando notava que os novos resorts internacionais da orla, mesmo atendendo a um público que já tinha o hábito de consumir a bebida, não ofereciam o produto. "Mesmo com o transtorno interno e uma perda sem dimensão, como foi a morte do Ângelo, a empresa estava equacionada e organizada para continuar crescendo. Todos os planos de médio prazo estão se concretizando. E a estratégia com o Nordeste está indo muito bem", diz Wagner Ribeiro, diretor nacional de vendas. Em março, eles colocaram em Recife um gerente que atendia o mercado a partir de São Paulo. As vendas da região que representavam 7% do faturamento subiram para 12%. "Sendo conservador, no próximo ano elas vão chegar a 20% do nosso resultado. É tudo uma questão de hábito e oferta. O turista estrangeiro pede a bebida no resort e logo o brasileiro prova também", diz Ribeiro. "Mesmo que de dia o brasileiro ainda prefira a cervejinha na praia, no jantar escolhe algo que harmonize melhor com a comida."

 


De uma forma geral, a empresa cresceu 20% esse ano, com seu faturamento chegando a R$ 200 milhões contra R$ 170 milhões do ano passado - 30% do resultado vem dos espumantes. "O mercado de espumantes cresceu e o nosso share também, chegando a 40% em volume." O maior sucesso de vendas para a empresa, contudo, foi a linha de vinhos frisantes Lunae. Criados para competir com os lambruscos, os produtos nas versões branco, rosé e tinto (este o mais recente a chegar ao mercado) venderam 900 mil unidades, ao preço médio de R$ 12. "A gente imaginava que seria dez vezes menos. Tivemos de arrumar outros fornecedores de tampas de rosca porque nosso primeiro parceiro só podia nos atender com 100 mil peças." O que anima Ribeiro é que o Lunae é um produto que inicia o consumidor no mundo do vinho. Portanto, "o mercado vai se expandir ainda mais." Só ganhando escala, diz ele, para colocar produtos de qualidade mais acessíveis no mercado. "Quando começamos com o Prosecco em 2000, por exemplo, quase não tínhamos produtores da uva. Fomos desenvolvendo novos parceiros de tal forma que nosso preço que está hoje em R$ 25 vai ficar em R$ 19,90 em 2010."

 

Veículo: Valor Econômico


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