Coca-Cola anuncia investimento de R$ 2 bilhões no Brasil em 2010

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Filial brasileira cresce 4%, mas perde para China posto de 3º maior mercado

 

A Coca-Cola vai investir R$ 2 bilhões no Brasil neste ano, 14% a mais do que em 2009, quando foram construídas duas novas fábricas. Os recursos serão direcionados para infraestrutura e marketing e fazem parte do plano da companhia, anunciado em novembro pelo presidente mundial Muhtar Kent, de investir de R$ 11 bilhões no Brasil até 2015.

 

Com a retomada das vendas no último trimestre do ano, a Coca-Cola Brasil fechou 2009 com um crescimento de 4% em volume de vendas (um total de 9,6 bilhões de litros de refrigerantes, sucos, chás, águas e energéticos). O faturamento foi de R$ 17 bilhões.

 

O aumento das vendas em países emergentes como Brasil, China e Índia, sobretudo no quarto trimestre, compensou a queda de 1% nas vendas nos Estados Unidos e garantiu à matriz um crescimento global de 3% no ano (5% no trimestre).

 

Mas o grande crescimento veio da China (29% no trimestre), que tirou do Brasil o posto de terceiro maior mercado da Coca-Cola no mundo.

 

O maior mercado é o americano, seguido do México. Apesar da crise, o México -maior mercado consumidor para os produtos da Coca-Cola no mundo, com 650 doses de 237 ml per capta ao ano- cresceu mais que o Brasil e elevou o aumento das vendas na América Latina para 6% em 2009.

 

Com um consumo per capta de 195 doses, o Brasil tem ainda "um potencial enorme de crescimento", diz o vice-presidente de Operações, Henrique Braun. "Crescemos muito durante 23 trimestres seguidos e, com o aumento do consumo na classe C e mais Copa do Mundo e Olimpíadas, vamos continuar crescendo", diz o executivo, que não revela as metas.

 

Para o vice-presidente de Comunicação, Marco Simões, depois de "apanhar nos anos 90", época em que os grandes fabricantes travaram uma guerra com as tubaínas, a companhia aprendeu a vender para as classes populares. "Introduzimos a garrafa pet retornável, reduzindo os custos com embalagem, e com isso pudemos reduzir o preço final", disse ele.

 

Para Braun, a classe C "quer as mesmas coisas" que as classes mais altas. "Se você consegue trazer a aspiração da marca para as massas, aí é home run [rebatida mais importante do beisebol]."

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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