Um dos criadores da cerveja escura Xingu, em 1987, o escritor e empresário Cesario Mello Franco vai desenvolver uma nova linha da cerveja.
Está em planejamento a elaboração de três novas versões, entre elas uma clara e uma vermelha. "Serão todas ligadas à Amazônia", diz Franco.
O projeto está em fase de estudo de mercado, mas, por enquanto, será só para exportação. Em 2005, Franco vendeu os direitos da marca Xingu no Brasil para a Femsa, comprada em janeiro pela Heineken, permanecendo dono da marca no mercado externo.
Hoje a cerveja é exportada para Austrália, EUA e Inglaterra. Nesta semana, a Xingu venceu a segunda etapa de um concurso internacional do jornal "Washington Post" e na semana que vem concorre à vaga na final.
Em breve, o brasileiro poderá conhecer uma cerveja nacional que só estrangeiros conhecem. Outra invenção de Franco, a cerveja Palma Louca, exportada para Austrália, EUA e Inglaterra desde 2002, está em teste em bares de São Paulo.
"Palma Louca é vinculada à cultura brasileira, a escritores. Nas embalagens da cerveja, há referência ao site que dá nome à bebida, no qual jovens buscam mostrar um lado diferente do país."
PARA O BRASIL
Desembarca no Brasil uma das cervejas artesanais líderes dos EUA, a Brooklyn Brewery, comandada pelo mestre cervejeiro Garret Oliver, que está nesta semana no país para acompanhar o lançamento.
O Brasil foi escolhido como a porta de entrada da cerveja na América Latina. A bebida está sendo trazida pela importadora BrazilWays. "A decisão de trazer a Brooklyn levou em conta a carência de uma cerveja artesanal norte-americana no país", afirma Iron Mendes, sócio da importadora.
O potencial do mercado brasileiro para as cervejas artesanais está ligado à culinária do país, segundo Mendes.
A bebida será distribuída em todo o país, de bares a supermercados. Por enquanto, estarão disponíveis 4 dos 20 rótulos que a empresa produz.
A garrafa de 750 ml da Local 1, por exemplo, irá custar, em média, R$ 49 em bares e restaurantes.
O mercado norte-americano de cervejas artesanais é bastante variado, com mais de 1.500 cervejarias, de acordo com Mendes.
A Brooklyn, presente em 13 países, produz 1 milhão de litros por mês. Para este ano, a empresa projeta crescimento de 20%, com faturamento de US$ 25 milhões.
Veículo: Folha de São Paulo