Cervejarias reagem à chegada da Heineken ao Brasil

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Na indústria cervejeira a preparação para o verão, pico de vendas do setor, começa no fim de setembro. Mas este ano as estratégias estão sendo antecipadas. A chegada da holandesa Heineken - agora dona da Femsa, fabricante das marcas Kaiser e Sol - está por trás da aceleração das estratégias dos concorrentes. Será a primeira temporada da empresa no Brasil. O presidente da operação, o sul-africano Chris Barrow, que comandava a Heineken na Polônia, é esperado no País até o fim de agosto.

 

A concorrência está atenta porque, como conta o presidente da Schincariol, Adriano Schincariol, o Brasil é a promessa para o mercado cervejeiro global. ?Os mercados americano e europeu estão estagnados. A venda de cerveja só cresce nos países emergentes. Como Índia e China têm restrições ao consumo do álcool, está todo mundo de olho aqui?, diz.

 

O Brasil já é o quarto mercado global em volume com seus quase 11 bilhões de litros produzidos no ano passado. A perspectiva é de que o consumo cresça de 5% a 6% este ano, como ocorreu em 2009. Nem mesmo as frias temperaturas do atual inverno devem atrapalhar a expansão do setor. Afinal, este ano os jogos de futebol da Copa do Mundo puxaram as vendas no inverno, quando elas costumam cair de 30% e 40% em relação aos volumes comercializados no verão, segundo projeções de Matthias Reinold consultor e dono do site Cervesia.

 

Para garantir as vendas de verão, o portfólio de produtos e as campanhas publicitárias ganham incrementos. Na Schincariol, a mobilização começou pela troca da logomarca institucional. A AmBev também já começou a pôr suas armas na rua: no próximo fim de semana, chega uma nova embalagem para a sua marca líder, a Skol. Será uma versão em garrafinha de vidro de 250 mililitros. A embalagem vai concorrer diretamente com a marca Sol Shot, outra garrafa 250 mililitros, que fez sucesso no verão passado e agora pertence ao portfólio da Heineken Brasil.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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