Os fabricantes de bebidas nacionais estiveram reunidos ontem, em assembleia nacional em Brasília, para discutir diversos temas que envolvem o setor, principalmente a taxa de fiscalização do Ministério da Fazenda, que cobra R$ 0,03 por unidade fabricada, tenha ela o custo de venda de R$ 0,50 ou R$ 5.
A questão já vem sendo discutida há 20 meses e, segundo Fernando Rodrigues de Bairros, presidente da Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), que representa cerca de 200 pequenos fabricantes, somente neste ano já houve reunião com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e audiência pública com deputados federais, mas nada foi modificado.
"Sugerimos a redução do PIS/Cofins retido na fonte para baixar a taxa para R$ 0,01", afirma. "Vamos tentar chegar a uma solução amigável pelos próximos dez dias, senão faremos protesto mais incisivo. Vamos trazer caminhões e acampar aqui em Brasília."
Bairros explica que os grandes fabricantes conseguem compensar a taxa de fiscalização cobrada pelo Ministério da Fazenda, pois a carta de produtos é maior, e o que custa mais compensa o mais barato. Já os pequenos, sem opção e com baixa margem de lucro, acabam sendo penalizados.
Por exemplo, se um refrigerante de marca é vendido a R$ 3, um guaraná regional sai a, no máximo, R$ 2. O mesmo ocorre com cerveja, que é comercializada a R$ 5, em comparação ao um copo d''água, vendido por R$ 0,50. E são cobrados os mesmos R$ 0,03 para que cada um deles seja fabricado.
Veículo: Diário do Grande ABC