A Carlsberg, dona da maior cervejaria da Rússia, dispõe de dinheiro "suficiente" para promover aquisições em sua expansão pela Ásia, segundo o diretor de finanças da empresa, Jorn Peter Jensen. A cervejaria pretende "ser uma consolidadora no setor" e planeja fazer aquisições pontuais na China, afirmou em entrevista à Bloomberg, em Copenhague.
A dinamarquesa Carlsberg integra o grupo de empresas, ao lado da holandesa Heineken e da sul-africana SABMiller, que estão sendo consideradas candidatas a comprar a Schincariol - a segunda maior fabricante de cerveja do Brasil. Conforme o Valor publicou na edição de ontem, O banco BTG prepara uma oferta pública inicial de ações da Schincariol, mas a companhia também começou a ser abordada por grupos estrangeiros. O processo é ainda preliminar e pode caminhar tanto para uma venda quanto para uma abertura de capital na bolsa.
A Schincariol possui cerca de 11% do mercado nacional de cerveja, segundo a Nielsen. Conta com 600 mil pontos de venda, 190 revendedores, 10 centros próprios de distribuição e 13 fábricas em 11 Estados.
Jensen não quis dizer quanto dinheiro a empresa tem à disposição para aquisições. A Carlsberg também vai inaugurar mais cervejarias na Índia. A empresa ainda tem espaço para reduzir custos e pode fechar mais fábricas na Europa. As ações da Carlsberg, quarta maior cervejaria do mundo, acumulam valorização de 1,4% no ano.
Veículo: Valor Econômico