Os funcionários da Ouro Fino, empresa de água de Campo Largo (PR), adotaram um ritmo insano desde dezembro. Em apenas três meses, criaram o conceito, desenvolveram, aprovaram e lançaram um energético. A bebida, feita com mix de frutas mais guaraná, cafeína e taurina, foi batizada, justamente, de Insano. "O nome, sugerido por nosso diretor industrial, foi aprovado com louvor. Afinal, ninguém toma energético para ir à missa", conta Hélio Luiz Corrêa, diretor da Ouro Fino, sobre seu projeto de estreia na companhia, onde está desde setembro. A empresa tinha outro projeto no cronograma, mas resolveu colocar esse na frente "porque a aprovação exige menos burocracia". A avaliação do segmento também incentivou o desenvolvimento do Insano Extreme Energy Drink. O mercado de energéticos cresceu 325% nos últimos quatro anos, de acordo com a ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas). "Saímos de um extremo e fomos a outro. Água tem baixo valor agregado, ao contrário de um energético."
Equipe de insanos I
Com investimento de R$ 1,5 milhão, o energy drink já está sendo comercializado no Paraná e em Santa Catarina. E está chegando a São Paulo agora. A meta da empresa é, em 12 meses - quando terá abrangência nacional -, ser uma das três maiores marcas de energético do mercado. Segundo Corrêa, sabor, preço e embalagem são os principais diferenciais. O produto será vendido de três formas: lata de alumínio, pet de 296 ml e pet de 1 litro. "Atende a todas as situações. A lata de alumínio na balada, a pet menor em uma academia e a de 1 litro em casa, no esquenta." Atualmente, a empresa fabrica de acordo com a demanda, mas há potencial para crescer. A única mudança na linha de produção foi preparar a fábrica para fazer seu primeiro produto que leva açúcar. (Juliana Mariz)
Veículo: Valor Econômico