Nova planta da Coca-Cola em Itabirito tem pendência

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A Coca-Cola Femsa aguarda apenas a renúncia da Vale S/A sobre os direitos de lavra do subsolo do terreno em Itabirito (região Central), próximo ao condomínio Alphaville Lagoa dos Ingleses, adquirido há cerca de 60 anos, para confirmar a construção da nova planta no município. Além disso, o protocolo de intenção já foi enviado pela empresa ao Executivo municipal, que faz os últimos ajustes no documento. As informações são de uma fonte ligada à prefeitura.

 

Segundo a fonte, os direitos foram adquiridos pela antiga mineradora Minerações Brasileiras Reunidas S/A (MBR), hoje Vale, e já teriam caducado. Entretanto, a Coca-Cola Femsa teria a intenção de se cercar de todas as garantias possíveis para não correr o risco de enfrentar futuros problemas jurídicos.

 

Questionada sobre o local da nova fábrica da Coca-Cola, a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, não negou que Itabirito é um dos potenciais destinos. A empresa, por sua vez, ainda não confirma o município onde a planta será construída.

 

A Coca-Cola informou, na semana passada, durante a cerimônia de assinatura do protocolo de intenção com o governo de Minas, que a construção da planta demandará aporte de R$ 250 milhões. A fábrica terá capacidade para produzir 2,1 bilhões de litros por ano, 47% a mais que os 1,4 milhão de litros processados anualmente na unidade já existente na região Noroeste da Capital.

 

De acordo com informações da empresa, que pertence ao grupo Fomento Económico Mexicano S/A (Femsa), as obras da nova unidade devem ser concluídas em um ano e meio e, durante o período de construção, serão gerados 500 postos de trabalho. Após entrar em operação, em 2013, devem ser criadas mais de 3.600 empregos, que corresponde ao número de vagas já existentes na fábrica da Capital.

 

Logística - A unidade da Capital, por sua vez, será transformada em um centro de distribuição e logística após 2015, quando a nova planta atingirá produção em plena carga. A empresa adotou a estratégia porque a localização da planta, próxima ao Anel Rodoviário, facilita o escoamento da produção para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e todo o Estado.

 

A construção da planta se tornou necessária porque a atual fábrica, na região Noroeste da Capital, localizada entre a avenida Presidente Carlos Luz (Catalão) e o Anel Rodoviário, não comporta uma expansão, por falta de espaço.

 

A última vez que a Femsa ampliou a capacidade da planta de Belo Horizonte, para adequá-la ao aumento da demanda, foi no último trimestre de 2009. A empresa não confirmou, mas o aporte seria de aproximadamente R$ 50 milhões e os recursos teriam sido aplicados na área de sopro de garrafas pet e na aquisição de equipamentos para refrigeração das bebidas.

 

Para atrair a nova planta da empresa, o governo do Estado ofereceu incentivos, como benefícios tributários, linhas de financiamentos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e auxílio para a concessão do licenciamento ambiental.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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