Desde o início de novembro, uma Kombi percorre bairros populares do Recife vendendo um item que até agora só era encontrado em supermercados, padarias e mercearias: Coca-Cola. Por R$ 1,89, o cliente recebe um litro de refrigerante mais o vasilhame. Depois, quando quiser comprar mais, o consumidor leva a garrafa de vidro e paga R$ 1,39 para recebê-la cheia.
O veículo deveria ficar na rua por quatro horas, mas tem retornado à fábrica da Coca-Cola Guararapes, engarrafadora para Pernambuco e Paraíba, mais cedo. As 200 garrafas ofertadas têm acabado em metade do tempo.
A estratégia de vendas porta-a-porta da Coca-Cola tem sido um teste para a comercialização do produto entre os consumidores da classe C. Um programa de rádio voltado para as mulheres da própria Coca-Cola anuncia de segunda-feira a sábado os bairros pelos quais o carro passará, além de dar receitas e dicas de cuidados com a casa durante uma hora.
Até 20 de dezembro, a Kombi terá percorridos quatro bairros do Recife. Depois disso, passará por um período de análise pela empresa, que levará em conta os custos da operação, o tamanho do veículo utilizado e os melhores dias e horários para visitar os bairros. "Por enquanto, o que sabemos é que existe um caminho. Cada vez mais é preciso se reinventar para atender melhor a classe C", diz Catharina Ferreira, gerente de marketing da Coca-Cola Guararapes.
Iniciativas como essa devem ser ampliadas pela Coca-Cola no Brasil. A empresa criou um grupo de estudos voltado especificamente para os consumidores da classe C, que deve apresentar suas primeiras propostas de trabalho em meados de janeiro. Esse é um dos mercados que a Coca-Cola mais aposta para crescer no Brasil.
Ontem, a Guararapes inaugurou uma linha de produção que ampliará a capacidade de produção de uma de suas três fábricas no Nordeste em 40% ou em 200 milhões de litros, com investimentos de R$ 120 milhões. Outros R$ 130 milhões ainda serão aplicados até 2010 para dobrar a produção. Um dos focos é justamente a área de garrafas retornáveis, foco do programa de vendas porta-a-porta.
De acordo com Luís Delfim, presidente da Coca-Cola Guararapes, a empresa deve encerrar 2008 com um crescimento de 8% em suas vendas, número ligeiramente abaixo dos 9% registrados em 2007. Em 2009, porém, a crise deve reduzir esse ritmo para um aumento de 5%. É o menor dos últimos cinco anos, que mostraram média de 12%.
Mundialmente, a visão da Coca-Cola é a mesma. Ontem, Steve Buffington, diretor de investimentos para América Latina e Ásia da Coca-Cola, esteve em Pernambuco para ver o início das operações da nova linha de produção da Guararapes. Ele disse que a empresa não reduzirá seus investimentos. Isso, porém, não significa que a Coca-Cola passará ilesa aos solavancos econômicos. De acordo com Buffington, as vendas mundiais da empresa devem encerrar o ano com um crescimento de 5% em litros. Em 2008 aumentarão entre 1% e 2%. "Continuaremos crescendo porque acreditamos que a crise não será tão intensa para a América Latina e para a Ásia como tem sido para os Estados Unidos e para a Europa. Talvez o México sofra um pouco mais", explica.
Nos EUA, a Nestlé tem atacado a Coca-Cola por meio de anúncios que relatam os malefícios à saúde que os refrigerantes causam. Segundo Buffington, a Coca-Cola, que também faz água e sucos, não partirá para o contra-ataque. "Acreditamos na liberdade de escolha e que há momentos para se consumir tudo. No café da manhã, um suco cai bem. Depois do exercício, uma água. E por que não um refrigerante com pipoca?"
Desde o início de novembro, uma Kombi percorre bairros populares do Recife vendendo um item que até agora só era encontrado em supermercados, padarias e mercearias: Coca-Cola. Por R$ 1,89, o cliente recebe um litro de refrigerante mais o vasilhame. Depois, quando quiser comprar mais, o consumidor leva a garrafa de vidro e paga R$ 1,39 para recebê-la cheia.
O veículo deveria ficar na rua por quatro horas, mas tem retornado à fábrica da Coca-Cola Guararapes, engarrafadora para Pernambuco e Paraíba, mais cedo. As 200 garrafas ofertadas têm acabado em metade do tempo.
A estratégia de vendas porta-a-porta da Coca-Cola tem sido um teste para a comercialização do produto entre os consumidores da classe C. Um programa de rádio voltado para as mulheres da própria Coca-Cola anuncia de segunda-feira a sábado os bairros pelos quais o carro passará, além de dar receitas e dicas de cuidados com a casa durante uma hora.
Até 20 de dezembro, a Kombi terá percorridos quatro bairros do Recife. Depois disso, passará por um período de análise pela empresa, que levará em conta os custos da operação, o tamanho do veículo utilizado e os melhores dias e horários para visitar os bairros. "Por enquanto, o que sabemos é que existe um caminho. Cada vez mais é preciso se reinventar para atender melhor a classe C", diz Catharina Ferreira, gerente de marketing da Coca-Cola Guararapes.
Iniciativas como essa devem ser ampliadas pela Coca-Cola no Brasil. A empresa criou um grupo de estudos voltado especificamente para os consumidores da classe C, que deve apresentar suas primeiras propostas de trabalho em meados de janeiro. Esse é um dos mercados que a Coca-Cola mais aposta para crescer no Brasil.
Ontem, a Guararapes inaugurou uma linha de produção que ampliará a capacidade de produção de uma de suas três fábricas no Nordeste em 40% ou em 200 milhões de litros, com investimentos de R$ 120 milhões. Outros R$ 130 milhões ainda serão aplicados até 2010 para dobrar a produção. Um dos focos é justamente a área de garrafas retornáveis, foco do programa de vendas porta-a-porta.
De acordo com Luís Delfim, presidente da Coca-Cola Guararapes, a empresa deve encerrar 2008 com um crescimento de 8% em suas vendas, número ligeiramente abaixo dos 9% registrados em 2007. Em 2009, porém, a crise deve reduzir esse ritmo para um aumento de 5%. É o menor dos últimos cinco anos, que mostraram média de 12%.
Mundialmente, a visão da Coca-Cola é a mesma. Ontem, Steve Buffington, diretor de investimentos para América Latina e Ásia da Coca-Cola, esteve em Pernambuco para ver o início das operações da nova linha de produção da Guararapes. Ele disse que a empresa não reduzirá seus investimentos. Isso, porém, não significa que a Coca-Cola passará ilesa aos solavancos econômicos. De acordo com Buffington, as vendas mundiais da empresa devem encerrar o ano com um crescimento de 5% em litros. Em 2008 aumentarão entre 1% e 2%. "Continuaremos crescendo porque acreditamos que a crise não será tão intensa para a América Latina e para a Ásia como tem sido para os Estados Unidos e para a Europa. Talvez o México sofra um pouco mais", explica.
Nos EUA, a Nestlé tem atacado a Coca-Cola por meio de anúncios que relatam os malefícios à saúde que os refrigerantes causam. Segundo Buffington, a Coca-Cola, que também faz água e sucos, não partirá para o contra-ataque. "Acreditamos na liberdade de escolha e que há momentos para se consumir tudo. No café da manhã, um suco cai bem. Depois do exercício, uma água. E por que não um refrigerante com pipoca?"
Veículo: Valor Econômico