Os brasileiros consumiram mais produtos do grupo Coca-Cola durante o terceiro trimestre do ano. Nesse período, o volume consumido no país cresceu 6%, acima do aumento do volume consumido na América Latina, de 5%. No mundo, o lucro líquido da Coca-Cola cresceu 4% no 3º trimestre de 2012, para US$ 2,31 bilhões. A receita líquida aumentou 1%, para US$ 12,3 bilhões.
No acumulado de nove meses, a receita mundial avançou 3%, para US$ 36,5 bilhões, mesmo ritmo do lucro líquido, que cresceu 3% e alcançou US$ 7,1 bilhões.
Segundo balanço divulgado ontem, a empresa detectou aumento no consumo de embalagens reaproveitáveis. A Olimpíada em Londres também ajudou a vender mais bebidas neste ano.
México e Brasil registraram aumento de vendas, em volume e em valor, tanto em bebidas gasosas como sem gás, informou a empresa em comunicado.
A marca Coca-Cola cresceu 3% em volume no Brasil durante o trimestre, acima da expansão da média mundial, de 2%, e semelhante ao acumulado do ano ao redor do mundo. A companhia não informa o crescimento acumulado no ano no Brasil.
O volume consumido em toda a América Latina foi 5% maior do que em 2011. A receita foi impactada de maneira positiva pelo efeito do aumento de 6% no preço médio no mix de produtos, mas prejudicada por impacto do câmbio e de mudanças estruturais.
Na América Latina, o lucro operacional reportado recuou 5% no trimestre. Desconsiderando os efeitos cambiais, o lucro operacional avançou 9%, beneficiado pelo "sólido crescimento no volume e preços favoráveis", mas "parcialmente compensado pelos investimentos no negócio, incluindo algumas despesas iniciais relacionadas à Copa do Mundo de 2014", informa a companhia em comunicado sobre o balanço.
A Coca-Cola informou que o lucro operacional ainda sofre impacto, de US$ 9 bilhões no trimestre, causado pela crise do fungicida na laranja brasileira. No começo deste ano, o governo americano informou que havia detectado a presença de um fungicida, cujo consumo é vetado no mercado americano, em suco de laranja exportado do Brasil para os Estados Unidos. A Coca-Cola passou a comprar suco do mercado americano, que custa mais caro. Em todas as demonstrações de resultado deste ano a Coca-Cola informou que seus números foram afetados por essa mudança na aquisição de matéria-prima.
Veículo: Valor Econômico