Danone e Minalba discutem os 'poderes' de água 'terapêutica'

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Uma discussão sobre as propriedades terapêuticas da água levou ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) duas das maiores fabricantes de água do país.

No fim de setembro, a francesa Danone, dona da marca Bonafont, entrou com uma representação no órgão contra a Minalba, do grupo cearense Edson Queiroz, líder desse mercado no país.

A Danone pediu a suspensão de uma campanha lançada recentemente pela concorrente que enaltecia o baixo teor de sódio de sua água.

A publicidade, veiculada em revistas, internet e material de ponto de venda, dizia que, "reduzindo o sódio, você tira o inchaço e a retenção de líquido".

Segundo a Danone, o material induzia o consumidor ao erro e configurava "propaganda enganosa".

Na representação, a Danone cita parecer de nutricionistas para rebater a propaganda da rival. "O consumo de uma determinada água não tira o inchaço, não tira a retenção de líquido e não emagrece", diz o parecer.

CONTRADIÇÃO

Em sua defesa, a Minalba alega que as informações sobre o produto são verídicas e que há contradição nos argumentos da multinacional.

A empresa cita propaganda da Danone de 2008 que concluiria que "o consumo diário de 2 litros de água Bonafont, com baixo teor de sódio, durante 15 dias, seria capaz de diminuir o inchaço".

"Achamos estranho a Danone, que começou com o movimento de qualificar a água, fazer isso agora", diz Rogério Tavares, gerente comercial da Minalba.

Apesar da contestação, o pedido da Danone foi acatado pelo órgão em caráter liminar na semana passada.

A empresa francesa estreou nessa categoria em 2008 e tem a liderança de mercado em São Paulo.

Sua marca foi a primeira a ressaltar as propriedades químicas do produto -como o sódio reduzido.

A empresa informou que "ressalta os benefícios e a importância da ingestão de quantidades adequadas de água e posiciona a marca Bonafont como uma opção".

A Minalba disse que está reformulando a campanha para atender ao Conar, mas que aguarda o julgamento sobre o mérito da questão.



Veículo: Folha de S.Paulo


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