Apesar de safras de frutas atipicamente baixas este ano, a Sucos do Brasil S.A., dona da marca de bebidas Jandaia, espera obter novamente em 2012 o bom desempenho do último ano. "O nosso plano é repetir o crescimento do ano passado, que foi de 20%. Queremos chegar a 25%", afirma o diretor comercial da empresa, Luis Eduardo Figueiredo. Para isso, a Sucos Jandaia tem uma série de ações, dentre elas, o crescente número de pontos de vendas, já espalhados por todo o Brasil.
A empresa está diversificando: em 2014, começará a comercializar água de coco verde, em embalagens cartonadas de 1 litro e de 200 ml. Há dois anos, a Jandaia começou sua produção de coqueiros irrigados. Hoje tem 20 mil plantados e, a cada ano, plantará mais 5 mil. O subproduto da casca de coco será utilizado pela empresa como biomassa.
A companhia produz 65 mil toneladas por ano, entre sucos concentrados e prontos para beber. Atualmente sua linha de sucos já ultrapassa a casa dos 30 produtos diferentes. Segundo Eduardo, para o suco de caju, principal produto da empresa, representando 32% da produção, a Jandaia possui todo o ciclo produtivo, plantando o cajueiro, processando o fruto e transformando-o em suco e embalando. Tudo é utilizado, desde a polpa, as castanhas que são vendidas e o bagaço que vira ração animal. "Nós fomos os primeiros a embalar o suco com Tetra Pak", lembra.
A Jandaia exporta hoje para 11 países, como EUA, Portugal, Angola e Espanha. Com relação ao market share, 20% são na versão concentrado e 8% na versão pronto para beber e "40% do meu mercado é norte e nordeste; no sudeste 35% ", explica o executivo.
Segundo dados do Instituto Nielsen entre janeiro e maio de 2012, foram consumidos aproximadamente 352,1 milhões de litros de sucos prontos para beber no Brasil. O crescimento é de quase 12% sobre os 315,6 milhões consumidos no mesmo período de 2011, sendo que há três anos registra incremento na casa dos dois dígitos.
Figueiredo participou na semana passada do 5º Fórum de Responsabilidade Socioambiental e Cultural do Instituto de Educação Portal (IEP), em Fortaleza (CE). Para a diretora do IEP, Monica Rabelo, a idéia do Fórum surgiu da necessidade de pensar a questão da responsabilidade sócio ambiental como algo permanente. "Queremos sensibilizar organizações dos poderes público e privado a trabalharem em rede, fomentando ações conjuntas", diz ela.
Veículo: DCI