Começa a ser vendido amanhã o chope sem álcool da Femsa, com a marca Sol. O Chope sem Álcool Sol (0,5 % de graduação alcóolica, ou 10% do que tem uma cerveja comum) é uma reação da empresa mexicana à Lei Seca, em vigor nacionalmente desde o final de junho. "O movimento nas choperias caiu de 30% a 40% depois da lei", diz Riccardo Morici, diretor de marketing da Femsa Brasil.
O consumo de chope foi o mais afetado, já que se concentra em bares de classe média e alta, localizados em bairros boêmios, com infra-estrutura para ter serpentinas e todo o equipamento para servir a bebida. As cervejas, por sua vez, são consumidas em sua maioria em bares de vizinhança, cujos freqüentadores vão para casa a pé.
Há duas semanas, a AmBev divulgou o lançamento do chope Liber sem álcool (0% de graduação alcóolica). Mas o produto só chega ao mercado dentro de mais uma semana.
O chope tem uma logística de distribuição diferente: em vez de garrafas, usam-se barris de metal. O processo é mais rápido e com menos desperdício (pois o barril não quebra como o vidro). Esse fator, somado ao preço de venda do chope (um copo de 300 ml custa de R$ 3 a R$ 5, enquanto a "loira gelada" sai por R$ 3 a garrafa de 600 ml) tornam a bebida três vezes mais rentável às cervejarias, embora o volume de venda não ultrapasse os 5% da produção de cerveja. "Isso sem contar o colarinho", brinca Paulo Macedo, diretor de relações externas da Femsa, se referindo ao costume dos bares de servir a bebida com bastante espuma.
O novo produto começa a ser vendido amanhã em São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro. A expansão para outras cidades vai depender da aceitação do consumidor.
Veículo: Valor Econômico