Instalada em Divinópolis, empresa produz 250 mil pacotes com 6 pet/mês.Refrigerantes Santo Antônio está sendo prejudicada pela alta do dólar .
A Refrigerantes Santo Antônio Ltda, fabricante das tubaínas Mineirão e Kids, instalada em Divinópolis, região Centro-Oeste de Minas, já sente os efeitos da crise mundial. Com 100% da matéria-prima importada (essências de frutas), a empresa, controlada pela paulista Picolino, foi prejudicada pela recente alta do dólar, com elevação de quase 50% nos últimos quatro meses.
As informações são do gerente comercial da Refrigerantes Santo Antônio, Rodrigo Andrade. Segundo ele, também houve reajuste nos preços da resina, item importado utilizado na confecção das garrafas. "A escalada do dólar afetou os negócios da empresa", informou, sem revelar o faturamento. No entanto, conforme o gerente, os preços não foram reajustados para o consumidor final. "Continuamos 30% mais baratos do que as grandes marcas", disse.
Apesar de as dificuldades geradas pelo colapso econômico, a empresa mantém boas perspectivas para 2009. Com capacidade instalada para produzir 500 mil pacotes (com seis unidades cada) por mês, ou seis milhões de pacotes/ano, o grupo pretende atuar em todo o Estado nos próximos anos. Atualmente, a fábrica produz 250 mil pacotes/mês (com seis unidades cada), cerca de 3 mil pacotes/ano.
"Por enquanto, o foco é o Centro-Oeste e Sul de Minas, mas estamos, aos poucos, chegando à Região Metropolitana de Belo Horizonte, a começar pelas periferias", revelou. No entanto, não há projetos de vendas em outros estados. "O frete é muito caro, o que dificulta transportar o refrigerante para outras regiões do país. Não vale a pena, ainda", esclareceu.
Instalada em Minas em janeiro de 2008, a Santo Antônio espera que 2009 seja o ano de consolidação, principalmente em Divinópolis. "No verão, esperamos que as vendas aumentem 40% em relação a outras estações do ano", informou.
O número de funcionários da empresa, segundo Andrade, é muito pequeno, "já que a linha de produção é toda automatizada". Localizada no centro industrial da cidade, a empresa desenvolve refrigerantes de guaraná, cola, laranja, limão e uva.
O diferencial, além do preço mais baixo do que o dos concorrentes, está na qualidade da fórmula, pensada por especialistas no ramo. "O produto foi desenvolvido pelo mesmo grupo que trabalha para a companhia de sucos Del Valle", garantiu.
Nos últimos 10 anos, levadas pela facilidade de distribuição e compra das PETs (que tem o preço inferior às garrafas de vidro retornáveis), os fabricantes de tubaínas cresceram de 55 para 750. O mercado das tubaínas em 1991 correspondia a 9%. Hoje, corresponde a 34%.
Veículo: Diário do Comércio - MG