Casa corta preço-alvo para as ações preferenciais e revisa projeções de Ebitda
Maior empresa em valor de mercado da bolsa brasileira, com R$ 252,7 bilhões, a Ambev teve as suas projeções reduzidas pela corretora do Citi. O preço-alvo caiu de US$ 45 para US$ 40,50 e houve retração na estimativa de Ebitda (potencial de geração de caixa), segundo relatório divulgado a investidores, na sexta-feira. “Mantemos a recomendação neutra com base nas perspectivas mais cautelosas para a área operacional no Brasil no segundo semestre”, diz o documento assinado por Alexander Robarts, Sergio Matsumoto e Marcelo Inoue. “A Ambev ainda deve ter a melhor valoração entre as empresas de consumo básico na América Latina, em nossa opinião”.
“Mas, a visibilidade menorcomrelaçãoaolucro,o crescimento pequeno do Ebitda, em 5% este ano (embora acelerando para 13% em 2014) e o aumento do risco- país sugerem que um prêmio menor sobre a valoração seja merecido”, diz o relatório.
Outra casa que se mantém neutra em relação à Ambev é o Goldman Sachs. Em relatório divulgado aos investidores, o banco diz que a empresa deve passar por duas mudanças: proposta de reestruturação acionária e os resultados do segundo trimestre, que serão divulgados em 31 de julho. “Apesar de serem marginalmente positivos, continuamos neutros para Ambev, já que os efeitos são insuficientes para mudar o curso para cima”, afirmam Luca Cipiccia e João Barrieu, em relatório.
“O apelo defensivo e os altos retornos podem conduzir a um desempenho acima do mercado (outperform) no atual momento de mercado. No entanto, o espaço para altas é limitado, na nossa opinião, e os múltiplos se mantém no patamar ‘premium’ em relação aos seus pares globais”, escrevem no documento. O preço-alvo para os papéis preferenciais da Ambev é de R$ 85,50, o que significa uma potencial de valorização de 6,75% ante o fechamento de sexta-feira.
veículo: Brasil Econômico