Os estoques globais de suco de laranja das empresas associadas à Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) - Cutrale, Citrosuco/Citrovita e Louis Dreyfus Commodities - somavam 766 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) em 30 de junho, conforme dados divulgados hoje pela entidade.
No fim do primeiro semestre de 2012, os estoques alcançavam 662 mil toneladas. O patamar atual é o maior da série histórica da CitrusBR para o período, suficiente para cerca de 30 semanas de consumo, o que tem colaborado sobretudo para pressionar para baixo os preços pagos pelas indústrias aos produtores da fruta em São Paulo, onde a cadeia exportadora está concentrada.
Os estoques foram inflados após duas supersafras seguidas da fruta em São Paulo e no Triângulo Mineiro, onde as empresas também se abastecem de matéria-prima. Mas, com a prevista retração da colheita neste ciclo 2013/14, a CitrusBr estima que os estoques cairão para 476 mil toneladas em 30 de junho do ano que vem, volume correspondente a 22 semanas de consumo.
Em levantamento divulgado ontem, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou sua estimativa para a produção comercial de laranja em São Paulo em 2013/14 para 296,8 milhões de caixas de 40,8 quilos, ante as 327,9 milhões projetadas em maio.
Para a produção comercial da fruta no Triângulo Mineiro, a previsão da Conab caiu de 11,9 milhões para 10,7 milhões de caixas. Ou seja, somadas, as colheitas na região onde as indústrias se abastecem poderão chegar a 307,5 milhões de caixas no ciclo atual, ante as 390,4 milhões de 2012/13.
Veículo: Valor Econômico