A fabricante de bebidas Ambev registrou lucro líqüido de R$ 2,280 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 7,94% na comparação com o resultado de igual período de 2012, que foi de R$ 2,476 bilhões. Este dado é o atribuído ao controlador, excluindo a participação dos acionistas minoritários.
Já o lucro consolidado, que inclui a parte dos minoritários, caiu 6,65%, para R$ 2,335 bilhões, ante os R$ 2,501 bilhões registrados no terceiro trimestre de 2012, neste mesmo critério. Outra medida informada é o lucro líqüido ajustado, antes de receitas e despesas especiais, cuja cifra nestes terceiro trimestre foi de R$ 2,287 bilhões, 8% menor que os R$ 2,456 bilhões de julho a setembro do ano passado.
Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 11%, para R$ 4,192 bilhões, com margem Ebitda de 49,5%, expansão de 2,5 ponto percentual ante a de 47,0% no terceiro trimestre de 2012. No critério "ajustado", o Ebitda foi de R$ 4,199 bilhões, ou 10,9% superior ao do mesmo período de 2012, de R$ 3,787 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 49,6%, 2,5 ponto percentual a mais do que a de 47,1% registrada no terceiro trimestre de 2012.
A receita líquida do terceiro trimestre, por sua vez, somou R$ 8,462 bilhões, alta de 5,3% sobre os R$ 8,036 bilhões registrados nos meses de julho a setembro de 2012.
Inflação - A Ambev espera que a inflação de cerveja passe a mostrar queda nos próximos trimestres, segundo destacou o vice-presidente financeiro e de Relação com Investidores da empresa, Nelson Jamel. Ele ressaltou, assim como fez o diretor-geral da companhia, João Castro Neves, a decisão do governo federal de adiar o reajuste da tabela de tributos para bebidas frias.
Jamel ressaltou que, em outubro do ano passado, uma elevação de impostos resultou em alta de preços ao consumidor de 4 pontos percentuais. E reforçou a expectativa da companhia que o adiamento do reajuste contribua para o crescimento da venda em volumes. "Se tivesse ocorrido agora outro aumento, haveria impacto negativo", disse.
O executivo informou que a companhia ainda não oferece metas (guidances) para as vendas de 2014. Apesar disso, afirmou que a perspectiva é de "melhora e de recuperação" depois de um 2013 considerado difícil.
O vice-presidente destacou ainda o crescimento do segmento de cervejas premium, de preço mais elevado, entre as estratégias da companhia para manter o crescimento de receitas. Estes itens, lembrou, são voltados para uma população menos sensível a preços. Ao mesmo tempo, a companhia mantém a estratégia de oferecer diversas opções de embalagem, incluindo retornáveis e embalagens tamanho família, no caso dos refrigerantes, que tornam os preços mais acessíveis para consumidores de baixa renda.
Veículo: Diário do Comércio - MG