Em um mercado onde cerca de 30 mil rótulos de vinhos nacionais e importados disputam o paladar dos consumidores, a vinícola sul-africana Nederburg aposta na estratégia dos preços mais baixos para tentar vencer a concorrência da bebida brasileira. A linha de rótulos Foundation, desenvolvida para ser mais acessível, acaba de chegar ao mercado gaúcho e tem como um dos maiores desafios driblar a alta do dólar, o que vem dificultando a entrada do produto estrangeiro.
– Os vinhos chilenos e argentinos podem ser encontrados por preços mais acessíveis devido à questão logística e também por conta de benefícios fiscais que recebem. Então os vinhos da Europa, Austrália e África do Sul acabam chegando com preço mais elevado. Por isso, além de oferecer um produto de distribuição massiva, procuramos atingir outro público, aquele que já consome vinhos e quer experimentar um novo produto – explica Rodolfo Izzo, gerente de negócios da Distell, empresa proprietária da Nederburg.
O executivo aponta que, antes do lançamento da nova linha, o mercado nacional representava apenas 0,8% das exportações da Nederburg. Com pouco tempo de entrada dos produtos, as vendas para o Brasil já alcançaram 1,7%. A empresa, que já possui 21% do mercado entre os vinhos sul-africanos, tem objetivo maior.
– Queremos passar dos atuais 50 mil litros importados ao país para 220 mil até 2018 – projeta Izzo.
Veículo: Zero Hora - RS