Uma das mais tradicionais cachaças do Brasil, a Vale Verde iniciou a produção da safra de 2015. Durante o período de produção os visitantes podem ver de perto o processo que transforma a cana em cachaça, tudo isso no alambique localizado dentro do Parque Ecológico.

"Para a produção da Vale Verde é indispensável colher a cana no ponto ideal, uma vez que o nosso processo de maturação e fermentação são feitos com nutrientes naturais, sem qualquer composto químico. Portanto, estamos sujeitos ao clima, volume de chuvas entre outros fatores que podem alterar o tempo de amadurecimento da cana", explicou, em nota, o chefe de Produção da cachaça, Daniel Fornari.

Além de dispensar o uso de componentes químicos, a Vale Verde desenvolveu um processo de produção completamente sustentável, onde os resíduos são reutilizados no próprio procedimento da fabricação da cachaça ou em outras atividades do parque, como a fabricação de ninhos para aves a partir do bagaço da cana moída.

"Estamos sempre melhorando nossa destinação dos resíduos, para minimizar o dano ao meio ambiente, transformando os resíduos até em combustível, por exemplo. Do total produzido de cachaça, cerca de um terço conhecido como cachaça de cabeça e de cauda é rica em metanol e ácidos, não sendo adequada ao consumo. Esse volume é filtrado e transformado em álcool combustível para os veículos do parque", explicou Fornari.

Envase - A previsão é de que nos próximos seis meses, duração média da temporada anual de produção, quase 200 mil litros de cachaça saiam dos alambiques da Vale Verde. Desse total, uma parte é imediatamente envasada e já está pronta para consumo, resultando na cachaça "Minha Deusa", apenas armazenada em tonéis de grápia, sem alteração de cor e sabor.

O restante segue para barris de carvalho europeus, onde ficará envelhecendo por três anos, adquirindo uma coloração dourada e aroma amadeirado, dando origem à tradicional Vale Verde Extra Premium.

O alambique produz ainda as cachaças Vale Verde Prata, Vale Verde 12 Anos, o licor de café 1727, o Licor do Mestre, uma receita exclusiva da Vale Verde feito com sete ervas - um segredo só conhecido pelo Daniel Fornari e Luiz Otávio Pôssas Gonçalves, o fundador da Vale Verde -, o Canavino um o aperitivo a base de cana, a famosa gelatina de cachaça e o Mel do Vale.


Visitas - Quem quiser conhecer de perto a produção da Cachaça Vale Verde, o alambique está localizado dentro do Parque Ecológico e é aberto ao público de terça-fera a domingo, das 9 h às 17h30. As visitas são guiadas pelos educadores ambientais do parque, que explicam todo o procedimento de produção esclarecendo as dúvidas, e com degustação dos produtos ao final da visita.

O alambique recebe também visitas em grupo de escolas, universidades ou cursos técnicos, com conteúdo adaptado para os objetivos dos estudantes. "Temos uma abordagem para cada perfil, se é um curso técnico ou superior de química, por exemplo, destacamos a importância das leveduras no processo. Mas toda a explicação aborda desde os procedimentos técnicos de colheita, até a destinação final dos resíduos gerados na produção", explica a coordenadora de Educação Ambiental do Vale Verde, Débora Vieira. As visitas em grupo podem ser agendas pelo e-mail educacional@valeveverde.com.br.



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG