Produção de carne tem de dobrar até 2050

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Relatório divulgado pela FAO na semana passada diz que demanda exigirá 463 milhões de toneladas por ano daqui a 40 anos

 


A crescente demanda por proteína animal no mundo deve exigir que o setor pecuário produza, até 2050, 463 milhões de toneladas de carne por ano, conforme apontou a principal publicação anual da FAO/ONU, Estado mundial da agricultura e alimentação, lançada na semana passada, em Roma, Itália. A demanda crescente por proteína animal, sobretudo nos países em desenvolvimento, é reflexo do aumento de recursos, do crescimento demográfico e da urbanização.

 

Atualmente, segundo a FAO, a produção mundial é de 228 milhões de toneladas de carnes. Ou seja, até 2050 esse número deverá mais do que dobrar para garantir o abastecimento da população mundial.

 

Ainda segundo o relatório da FAO, o setor pecuário vem crescendo rapidamente no mundo, já representa 40% do valor mundial da produção agrícola e garante alimento a quase 1 bilhão de pessoas. A pecuária mundial contribui também com 15% do total da energia alimentar e 25% das proteínas inclusas na dieta.

 

DIFICULDADES

 

Embora esse crescimento possa significar mais desenvolvimento econômico e redução da pobreza, o informe da FAO alerta que muitos pequenos produtores enfrentam dificuldades para se manter competitivos, diante de sistemas de grande porte e intensivos de criação de gado.

 

"Há uma brecha cada vez maior entre aqueles que podem aproveitar as vantagens da crescente demanda por produtos pecuários e os que não podem", cita o informe.

 

O diretor geral da FAO, Jacques Diouf, relata, no prefácio do informe, que "são necessários esforços para garantir que esse setor, em rápido crescimento, contribua de uma forma plena para a segurança alimentar e a redução da pobreza, convertendo-se também em um setor pecuário mais responsável".

 

Além de ampliar os esforços dos governos em pesquisa, o relatório da FAO alerta sobre a necessidade de transformar, cada vez mais, a pecuária em uma atividade sustentável e com menor impacto ambiental, reduzindo sua contribuição para o aquecimento global.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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