Brasil Foods olha para o exterior e busca crescer 10% por ano até 2015

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A Brasil Foods (BRF), maior processadora nacional de aves e suínos, avalia que eventuais aquisições tenham maior probabilidade de ocorrer no exterior do que no País, que não tem muitas oportunidades.

 

Nildemar Secches, co-presidente do conselho de administração da companhia, disse ontem que a BRF está estudando alvos fora do País, principalmente unidades de processamento, e que a tendência é que a produção da empresa cresça mais fora do que dentro do Brasil. "As oportunidades no exterior são maiores do que aqui. Já compramos muita coisa (no Brasil) e existem oportunidades só em um segmento ou outro", disse Secches a jornalistas após participar de evento da Câmara de Comércio França-Brasil.

 

O objetivo de futuras aquisições no exterior é ficar mais próximo dos mercados consumidores. Outra vantagem seria a facilidade de adaptação às regras de segurança alimentar desses mercados.

 

A empresa estaria buscando unidades de processamento de aves, principalmente, a exemplo do que fez no passado com a Plus Foods, da Holanda.

 

Não necessariamente as unidades fora do País utilizariam matéria-prima brasileira. A da Holanda processa aves trazidas da Tailândia, outro grande produtor mundial.

 

Secches afirmou que aguarda para o primeiro semestre a aprovação da fusão entre Perdigão e Sadia e que um plano de investimentos conjunto seria divulgado no fim do ano.

 

Segundo ele, um dos objetivos que a companhia seguirá é crescer em volumes comercializados 10% ao ano durante os próximos cinco anos.

 

A companhia espera finalizar até o fim do ano um plano de investimentos para os próximos cinco anos. O desenvolvimento do plano depende da aprovação da união entre Sadia e Perdigão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A expectativa da BRF é que o Cade decida sobre a fusão ainda no primeiro semestre.

 

Secches ressaltou que as operações ainda estão separadas, aguardando a decisão do Cade, mas neste mês a companhia já indicou quais executivos e gerentes deverão continuar após a fusão, o que, segundo ele, já levou à saída de alguns funcionários do quadro da empresa.

 

Secches fez questão de ressaltar que as sinergias existentes entre as duas empresas não levarão a demissões no chão de fábrica, uma vez que, mesmo antes da fusão, a Sadia já havia iniciado investimentos para ampliar a produção. "As empresas têm origem parecida, em Santa Catarina. Isso facilita muito a integração", disse.

 

Veículo: DCI


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