O ritmo de abate de bovinos recuou 5,6% no país no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2007, de acordo com os dados apresentados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A coordenação de agropecuária da diretoria de pesquisas do instituto, responsável pelo levantamento, creditou o recuo à escassez da oferta de animais, cenário que tem sustentado os preços da carne em alta.
Com o decréscimo, foram abatidas 15,7 milhões de cabeças no primeiro semestre deste ano. No segundo trimestre, o número de abates foi de 7,576 milhões, volume 4,7% maior que o do trimestre anterior, mas 2,2% menor que o do mesmo período de 2007. Dos animais abatidos no segundo trimestre, 50,7% eram bois, 35,6%, vacas, 13,7% novilhos e 0,1% eram vitelos.
Em contrapartida, cresceu o volume de abates de frangos. No semestre, o volume acumulado subiu 11,9%, para 2,383 bilhões de cabeças. Entre abril e junho, o avanço, em comparação com o mesmo período de 2007, foi de 11,3%, para 1,193 bilhão de unidades - os dados levam em conta apenas os estabelecimentos que passam por inspeção federal, estadual ou municipal. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a alta foi de 0,4%.
Houve avanço também na suinocultura. Com o abate de 7,253 milhões de cabeças no segundo trimestre, o crescimento em relação ao mesmo período de 2007 foi de 6,7% e de 6,1% em comparação com o primeiro trimestre deste ano. O IBGE destacou o forte avanço das exportações do segmento, que cresceram 72,6% entre abril e junho. O aumento dos embarques puxou a elevação do preço médio da tonelada do produto, que passou de US$ 1.940 para US$ 2.884.
Os estabelecimentos pesquisados pelo instituto compraram 4,695 bilhões de litros de leite no segundo trimestre, o que representou um aumento de 17% em comparação com o mesmo período de 2007. Em relação ao primeiro trimestre, contudo, o volume de captação caiu 5,9%.
As aquisições de couro, por sua vez, caíram 7,1% no segundo trimestre em comparação com o mesmo intervalo de 2007, para 9,989 milhões de unidades. A produção de ovos de galinha cresceu 4,8% no trimestre, para 563,607 milhões de dúzias.
Veículo: Valor Econômico