Tanto no mercado físico quanto no futuro, arroba valoriza-se, interrompendo trajetória de queda
O preço do boi gordo reagiu na semana passada e tende a se manter firme até o fim da semana. Os frigoríficos mostram que as escalas não estão completamente fechadas e ainda há espaço a ser preenchido, o que força uma reação das cotações para atender à demanda. Contratos com vencimento em outubro fecharam sexta-feira valendo R$ 91,34 por arroba na BM&FBovespa, valorização de 0,7% em comparação ao dia anterior.
Há quem diga que a alta da semana passada foi especulação ligada à valorização do dólar, que poderia impulsionar as exportações de carne. A moeda americana, no entanto, que chegou a valer mais de R$ 1,95 na semana passada, perdeu força e fechou a sexta-feira em R$ 1,83. Um analista disse que, com o dólar se enfraquecendo, é possível que o preço da arroba também siga a mesma trajetória a partir da segunda metade da semana.
A maior demanda por parte de alguns frigoríficos fez com que o valor do indicador Esalq/BM&F interrompesse trajetória de 21 dias de queda. Na sexta-feira, o indicador fechou em R$ 87,54/arroba, alta de 0,14% em comparação ao dia anterior.
Além dos aspectos técnicos, os fundamentos começam a ficar mais favoráveis aos preços no mercado disponível. Já há indústrias que oferecem R$ 88, livres de impostos, para comprar alguns lotes. Grandes indústrias, no entanto, já estão com suas escalas fechadas para um período mais longo, esperando apenas o gado que está confinado e já foi negociado por meio de contratos a termo.
Veículo: O Estado de S.Paulo