Turquia busca carne de aves e bovina do Brasil

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Indústrias exportadoras apostam no mercado, mas é preciso definir regras

 

Mais uma boa notícia traz a perspectiva de novos negócios para o segmento de carnes. O Ministério da Agricultura informou que a Turquia vai comprar carne de aves e bovina do Brasil.

 

A decisão foi comunicada ao Ministério das Relações Exteriores no dia 28 de abril e repassada à pasta. A Turquia nunca importou carne do Brasil, destacou o governo.

 

Nos próximos dias, a Turquia vai comunicar ao ministério as condições para a importação. Também será definido o volume a ser importado, compras que poderão ser feitas por meio de cotas anuais ou a partir da concessão de licenças de importação.

 

O governo não soube estimar o potencial do mercado da Turquia. Para fontes do setor, a abertura do mercado turco é uma tentativa de conter a alta dos preços no mercado local.


O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, acredita que a Turquia pode representar mais um importante mercado para a carne de frango brasileira.

 

– Trata-se de um país com grande potencial de consumo – afirmou.

 

Segundo Turra, atualmente o Brasil exporta carne de frango para a Turquia indiretamente, via países vizinhos, como o Iraque. A entidade não tem números sobre o potencial do mercado turco, mas, segundo Turra, a reação à medida anunciada foi imediata.

 

– Os importadores já começaram a se movimentar para comprar diretamente do Brasil – disse.

 

No caso da carne bovina, não deve ter impacto significativo no curto prazo, mas pode abrir caminho para tornar mais flexível as negociações entre o Brasil e a União Europeia (UE), já que a Turquia é um país candidato a aderir ao bloco econômico, avalia Otávio Cançado, diretor da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec).

 

– A União Europeia consulta todos os países sobre as suas relações do candidato a aderir ao bloco e, se a situação for menos favorável do que a que temos atualmente com o bloco, podemos reivindicar algumas mudanças nas regras de comércio entre UE e o Brasil – avaliou Cançado.

 

Veículo: Zero Hora

 


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