Boi rastreado não tem preço maior

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Em Goiás, adicional pago por animais de fazendas da 'Lista Trace', que exportam para a Europa, está cada vez menor

 

A falta de remuneração para a criação do boi rastreado, exigência no fornecimento de animais cujas carnes serão exportadas para a União Europeia (UE), está desanimando os pecuaristas de Goiás. Dirigentes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faeg) estão discutindo o assunto no Ministério da Agricultura.

 

Os criadores pedem ao ministério que libere as propriedades habilitadas pela UE, relacionadas na chamada lista Trace, a criarem também bois não rastreados, sem que isto implique perda do status de apto à exportação. Os produtores argumentam que a exigência está privilegiando a indústria, pois atualmente não existe ágio no pagamento do boi rastreado.

 

Em análise recente, a Scot Consultoria alertava que em muitos frigoríficos o chamado "boi Europa" estava valendo o mesmo que o "boi comum". Analistas lembram que o prêmio pago já chegou a mais de 10% em época de oferta reduzida.

 

No ano passado, o ágio entre o boi rastreado e o comum caiu e ficou em torno de 3% a 5% em agosto. No ápice da oferta de bois de confinamento (outubro e novembro) o ágio recuou para 1%. Neste ano, a margem estreitou mais cedo. Os analistas da Scot observam que a maior parte das fazendas da lista Trace realiza o confinamento e a oferta de animais aumenta no segundo semestre.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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